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4 jun 2013 - 10h43

Lembrai-vos de 2004

Em 2004 o Atlético quase foi bicampeão brasileiro. Faltou pouco, pouco, muito pouco mesmo, diria Geraldo José de Almeida.

Sempre que aquela campanha é lembrada neste espaço e em bate papo de atleticanos, remetem todos para a ‘tragédia de Erechim’, vencíamos por 3×0 já além da metade do 2o. tempo e deixamos empatar.

Uns culpam Diego que não saiu da meta no 3o. gol gaúcho. Há quem culpe o zagueiro Igor que perdeu no cabeceio para o baixinho Cláudio Pitbull. Outros culpam Dênis Marques que insistiu numa jogada individual, perdeu a bola, cedeu o contraataque do 1o. gol do Grêmio. Também quem responsabilize Levir Culpi pelas substituições. E os que culpam, ainda e com toda razão, o árbitro, que deixou de assinalar um penalti clamoroso em Washington quando o placar estava 3×0.

Tragédia de Erechim à parte -as ‘falhas’ de Diego, Igor, Dênis… foram lances normais de jogo -, contribuiu, decisivamente, para que não fossemos campeões o trabalho sujo de parte da imprensa paulista, notadamente o pulha Milton Neves, todos lembram.

Mas Erechim e Milton Neves á parte, aquele título nós deixamos mesmo de ganhar foi nas rodadas iniciais – nas cinco rodadas iniciais, especialmente.

Vale recordar e refletir pois o começo do presente campeonato tem muita similaridade com o início daquele.

Em 2004 o campeonato paranaense terminou num domingo e já na 4a. feira seguinte começava o brasileirão.

No domingo de decisão contra os coxas, na Arena, tantas foram as lambanças de Mário Sérgio Pontes de Paiva (o predileto de MCP) que o Atlético perdeu o jogo e o título – nos bastava o empate.

Lambanças que Pontes de Paiva já vinha fazendo ao longo do campeonato: afastar Marinho e Waschington, substituir Jadson no intevalo …

Perdido o título, muitas cadeiras quebradas, vendo a coisa feia, P.de Paiva cuidou retornar apressadamente para São Paulo.

Assim estropiado, o Atlético partiu para estrear no Brasileirão no Morumbi contra o São Paulo. No comando do time o Sr. Valter Miraglia, segundo interino.

Metade do lo. tempo, inusitado, o árbitro expulsa um atleta do tricolor. Começo do 2o. tempo, expulsa mais um.

11×9 e mais 40 minutos. Era a chance de uma estréia auspiciosa. Mas a bola queimava nos pés de nossos atletas e, no finzinho, o lateral Gustavo marca para o SP que vence o jogo.

Quatro dias depois, domingo, o 2o. jogo com o Figueirense, na Arena.

Não bastasse o clima de velório, o Sr. MCP decidiu triplicar o valor do ingresso.

Revolta geral, o Sr. Doático com carro de som na frente do Estádio pregando sabotagem… e cerca de apenas 2.000 torcedores para assistir ao jogo (eu, um deles). Seguramente, o menor público da Arena, da inauguração a demolição (e uns 30% ‘catarinas’).

O jogo ? Figueira 3×0, com direito a olé.

E assim prosseguiu até a 5a. rodada quando, com apenas dois pontos, finalmente um grupo de dirigentes do bem convenceu MCP contratar
Levir Culpi.

Dois parêntesis: 1- nunca mais ouvi falar no Sr. Valter Miraglia; 2- naquele tempo ainda havia alguns dirigentes de bem, e do bem, assessorando o Sr.Petraglia.

Levir assumiu, demorou ainda umas 6 ou 7 rodadas para ajustar o time. Neste período, numa 4a. feira goleamos o Goiás por 6×0 e três dias depois fomos goleados pelo Inter por igual placar (num jogo em que Levir testou um ataque com Dagoberto, Illan e Waschigton, e constatou que não dava certo). Neste período, teve até um 7×4 no Vasco.

Amainando a turbulência, Levir logo ajeitou o time e no final do 1o. turno já eramos vice-lider, com Marcão firmado como 3o. zagueiro e Fernandinho de ala.

Não fomos campeões naquele ano, pois, não por culpa de Diego, ou de Igor, ou de Levir, ou de Dênis, naquele jogo de Erechim…
Não fomos campeões, isto sim, em razão do péssimo início de ano e campeonato com Pontes de Paiva e Miraglia, os queridinhos de MCP.

Tivéssemos no início do ano Levir Culpi, ou de igual nível, teríamos já nas cinco rodadas iniciais amealhados uns 10 a 12 pontos, no mínimo, alguns pontos a mais entre a 6a. e 12a. rodadas, e aí não haveria tragédia de Erechim, nem Minton Neves, nem ajuda de arbitragem ao Santos (lembram daquele escândalo que foi Santos 2×1 Goiás, naquele domingo que goleamos o Criciúma por 6×0?), que nos impedisse fossemos campeões com 3 a 4 rodadas de antecedência.

Todavia, as estripulias de MCP criaram aquelas condições inóspitas, calamitosas e o trágico início de campeonato.

Soube-se depois que, já na reta final daquele campeonato MCP se atritou com Levir, como é de sua praxe atritar-se com pessoas de boa índole e, claro, isto também terá sua, posto minúscula, parcela de contribuição no desastre.

Faço esse histórico para lembrar quão nociva, perniciosa e deletéria é a presença desse indivíduo no comando do Clube, para lembrar a similaridade do início daquele campeonato com o atual, como disse antes, e para lamentar que já não haja mais aqueles atleticanos de bem, e do bem, cercando MCP para convencê-lo o velho Levir ou um novo Levir para uma nova reação semelhante.

Ao redor dele, tão apenas os puxa-sacos beija mão e os assalariados submissos.

Para você que leu, respeito discorde e respeito comente discordando mas, por favor, não me venha com a babaquice de garimpar erros de português.



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