Fiquei pensando num título para começar este comentário, depois de ouvir os mais absurdos descalabros, de gente imediatista e sem noção que desfila todo o amargor nas críticas aqui pelo sítio.

Não consegui algo melhor do que este a estampar o pensamento ora exposto.

Falo isto porque este Atlético, malgrado todas as mazelas que acompanham as cores rubronegras neste ano é um Atlético para fazer história.

Há muito tempo não vejo um grupo de jogadores praticar futebol com tamanho apetite ofensivo como este.

E não se trata de ufanismo ou coisa parecida. Estamos no bom caminho.

Conselho: esqueçam os resultados por ora. A distância entre os da rabeira com os primeiros é equivalente a duas vitórias nesta altura do campeonato.

Lembrem-se do time modesto de 2010 que capengou no início, e com alguns ajustes quase pegou a Libertadores.

Temos tudo para fazer história. Talvez, guardadas as proporções, façamos história – como a Holanda de 74, a Canarinho de 82, a Dinamarca de 86 – numa revolução quanto filosofia de se jogar bola esteja sendo posta em prática.

Temo, a esta altura, por qualquer mudança nesta idéia que se está praticando no Furacão.

Poucos ajustes, e em setor que qualquer atleticano bem sabe, ali na cozinha, na defesa, farão toda a diferença.

Talvez o goleiro precise orientar a zaga; talvez um passinho a mais do Cleberson com um novo defensor a formar uma trinca defensiva, reeditando um 3.5.2 ou 3.6.1; talvez a volta do Leo ou o surgimento de uma nova esperança pelos lados…enfim, um encaixe.

Não posso estar delirando com todo este tempo vivenciando futebol e um olhar moderado e comedido de suas coisas.

Deixem o Atlético – e seus personagens – jogar. Acreditem, por favor !