Atlético lançando técnicos
Fazendo uma retrospectiva da relação técnico de futebol iniciante, dando os seus primeiros comandos no Atlético, dá para notar que não somos um bom clube revelador de técnicos.
-Sicupira foi o primeiro que me lembro, chegou no final dos anos 70, maior artilheiro do Atlético, grande ídolo com uma carreira de destaque no cenário nacional. Tirando ele como exemplo se percebe que as vezes para alguns jogadores atuar é fácil, mas quando se tem que passar isso para os comandados no vestiário a historia é outra.
-Lori Sandri chegou no meio de 1983 depois de uns pequenos trabalhos temporários em Santa Catarina e Minas Gerais, conquistou o seu primeiro titulo como técnico no Furacão de 83 , teve uma carreira razoável com bons momentos no Oriente Médio e duas rápidas passagens por Internacional e Atlético Mineiro.
-Levir Culpi, depois de Jair Picerni ter assinado e desistido de comandar o Atlético em 1986 indo dirigir a Ponte Preta (onde apanhou de 4 em uma noite inesquecível do Furacão com jogadas lindas de Mauro Madureira, Roberto Cavalo e Joãozinho), Walmor Zimerman traz Levir, o ex zagueiro dos rivais que encerrou sua carreira no Caxias e ali começou como técnico, agora Levir Culpi, para dirigir o Atlético no nacional. Fez uma grande campanha na primeira fase e não se classificou para as oitavas pela falta de um ponto. Construiu uma grande carreira principalmente nos times de Minas e no país do Sol Nascente. Voltou a ser nosso técnico em 2004 assumindo a equipe na quarta rodada.
-Nelsinho Batista, um ano antes de chegar ao Atlético em 1987 perambulou pelo interior paulista onde havia encerrado a carreira de lateral na Ponte Preta, estava jovem e em forma, eu achava que era um jogador que estava chegando. Lançou grandes revelações como Odemilson, Luis Carlos Oliveira, Adilson, Jefferson Kramer e para sua época era um arrojado, não tinha medo de perder o emprego, tirava o lateral e colocava um atacante, ensaiava jogadas exaustivamente e o time jogava bonito. Foi campeão paranaense de 88, não suportou no nacional depois de tanto tempo no cargo e cedeu o lugar para Juarez Vilela, técnico do Colorado que nos manteve na primeira divisão. Percebia-se um talento nato em Nelsinho, tanto que depois voltou para o interior paulista foi vice campeão com o Novo Horizontino e o primeiro técnico campeão brasileiro com o Corinthians em 1990. Nunca mais voltou ao Atlético.
-Toinho havia encerrado a carreira no Atlético em 1992, e pela vibração do vestiário, seu carisma como jogador, os dirigentes apostavam numa carreira promissora, acho que foi sua única experiência sem deixar grandes recordações.
-Helio dos Anjos chegou em 1994 depois de alguns anos em times satélites para a disputa da segunda divisão junto com um pacote de cinco jogadores vindos do Guarani trocados pelo empréstimo de Reginaldo, entre eles o lateral Jura, este jogador não rendeu nada para o Atlético, porém deu um bom rendimento para uma casa próxima a Baixada na Getúlio Vargas esquina com a Lamenha Lins. Não subimos devido a Parmalat que patrocinava o Juventude e ali jogavam muitos jogadores do Palmeiras, entre eles Galeano e Ranielli. Hélio segue a sua carreira, sem dirigir grandes times.
-Zequinha era querido pela torcida, a grande maioria da nação atleticana não concordava com a troca dele pelo Sergio Cosme, técnico do ATLEtiba de páscoa de 95. Depois do golpe de estado ele retorna para o nacional da segundona com a nova direção, no meio do caminho se percebe que ele não daria conta, então chega Pepe que sobe e é campeão. No ano seguinte avaliam que Pepe não daria certo para a primeira divisão do nacional, (diferente de agora 2013) e chega Leão que vai embora para o Japão no meio do estadual, no nacional o técnico foi Evaristo de Macedo.
-Vadão depois de formar o carrossel caipira jogando com três zagueiros e ter perambulado pelo interior de São Paulo chega para o Atlético em 1999. Com ele conquistamos a Seletiva indo para a primeira Libertadores e na sua terceira passagem fizemos a melhor campanha na historia de disputas da Sul-americana chegando as semifinais.
-Arthur Neto veio recomendado por Vadão, um pouco mais rodado pelo interior do Brasil que os demais técnicos citados e rodou rapidamente no Furacão.
-Flavio Lopes, mineiro dirigindo o América na Sul Minas desperta interesse do Atlético, com ele somos eliminado pelo Corinthians em uma Copa do Brasil que tínhamos vantagem, mas ganhamos o estadual, mais pela qualidade do elenco se comparado aos rivais do que por sua competência.
-Heriberto Cunha chega em 2002 DEPOIS DO GRANDE ANO, este enganou o Atlético como jogador em 1990 e mais tarde como técnico iniciando a sua carreira que nunca foi pra frente.
-Casemiro e Edinho que dupla horrorosa de 2005, também tentaram levantar voo em solo nacional impulsionados pelo Atlético.
-Lothar Mathaus chega como uma grande novidade para 2006 se manteve invicto até experimentar uma coxinha e ter que se mandar para a Alemanha depois de fazer o tipo de turismo que todo europeu mais gosta de fazer quando vem para o Brasil.
-Roberto Fernandes jovem mais rodado, chega para substituir Ney Franco, desde aquela época já se percebia que a diretoria entendia de técnicos, olhe as diferentes carreiras que os dois seguiram. Bob Fernandes chega com um discurso de o convite da sua vida, melhor estrutura do Brasil. Fracasso com vexame de uma cara arrogante que diz que time que não faz falta não ganha jogo.
-Leandro Niehues, até então olheiro furado com histórico de não querer Ramires e Montillo assume o Atlético. Em um ATLEtiba inventou tanto com Vanegas e Serna, que estes jogadores ficaram tão perdidos que não sabiam mais o caminho de volta para a Colômbia.
-Sergio Soares, rodado no interior de São Paulo pipoca no trabalho deixado no nacional de 2010 por Carpegiane, mesmo assim renovam seu contrato para o estadual e o demitem nos primeiros meses de bagunça de 2011.
Em mais de trinta anos me lembrei destes dezessete técnicos que praticamente iniciaram suas carreiras no Atlético. Dois foram grandes, Levir e Nelsinho, três medianos, Vadão, Helio dos Anjos e Lori Sandri e doze fracassos. Ricardo Drubscky teve o que todos seus colegas não tiveram, tempo e uma grande pré-temporada. Apresentou somente desculpas jogando a culpa na falta de sorte. Suas entrevistas são fracas e não convencem a ninguém, isso que em quase cinco meses no regime do aquartelamento praticamente não falou com a imprensa. Não transmite confiança para quem escuta imagine então para os jogadores que ouvem as suas asneiras. Não tem esquema de jogo, é um bando atacando e uns poucos defendendo sem compactação, escala banco de reservas erradamente, substitui mal no decorrer da partida, é nervoso e por aí vai. Tem um livro escrito, tudo bem, deve ter teorias interessantes, mas não deve conseguir passar o que quer aos jogadores, é como um professor que no quadro negro é uma coisa, mas que no campo de trabalho pratico é outra totalmente diferente. Subiu com o Atlético, mas quais foram as suas indicações? Naldo que por sinal renovou o contrato para 2013. As contratações no segundo período de 2012 foram indicações de Jorginho, e com um orçamento infinitamente superior aos adversários da série B, com quatro times tendo o acesso, a obrigação era de subir fácil. Ricardo Drubscky é um forte candidato a entrar neste time dos fracassados.