Jogadores de Série A
Causa-me algum incômodo como o inconformismo míope ocupa a mente de alguns atleticanos que comparecem neste espaço dispor seus reclames contra o futebol de nosso clube.
O item principal tem sido os resultados, que a esta altura, cinco pelejas disputadas, nos mostram o Furacão na 15ª posição do certame.
Partindo daí o lugar comum, uma solução pronta e facílima: precisamos de jogadores de série A !
Mas o que significa a expressão ?
Creio poder traduzir: devem ser atletas guindados de outras equipes que disputam a principal divisão do futebol brasileiro.
Esticando um pouco, outros titulares das grandes equipes sulamericanas e européias, para contentar os eternos – e também os sazonais – insatisfeitos.
Por exclusão, seguindo este raciocínio, os jogadores vindos das categorias de base não pertenceriam a tal classificação, salvo se, validada a condição de serem assim considerados os que surgiram de equipes já enfeixadas na classe A do brasileirão.
Assim, possível um parâmetro.
No Atlético Paranaense, fazem parte desta especificação, oriundos de clubes – ou internos – rigorosamente, Santos, Renan Rocha, Manoel, Jonas, Luiz Alberto, Héracles, Renan Foguinho, Deivid, Paulo Baier, Elias, Felipe, Marcelo, Ciro e Marcão, mais que uma equipe inteira (e talvez alguns outros que tenha esquecido) se encontravam nesta condição quando lançados.
Logo, como decorrência da lógica dos pais da idéia, temos: Weverton, Leo, Cleberson, Rafael Zuchi, Dráusio, Naldo, Pedro Botelho, Juninho, Matteus, Carlos Alberto, João Paulo, Everton, Douglas Coutinho, Crislan e Ederson, devem ser banidos do grupo pois estão em outra condição – vieram de clubes de Série B – sob pena de campanha pífia no atual campeonato.
Não podemos esquecer do comando técnico. Só temos espaço para uma trinca de treinadores disponíveis segundo o seleto paladar dos mentores de tal classificação: Muricy Ramalho, Dorival Jr e Joel Santana. Estes de classe A, ou estaria enganado ?
Pouco importa o cofre do clube ou a sanidade mental de seus dirigentes.
Se não der certo, basta reclamar novamente, numa espécie de insatisfação perene e desfocada, afinal, assim funciona a cabeça dos descontentes, que se pode denominar de comentaristas de resultados ou simplesmente, cornetinhas.