9 set 2013 - 15h41

Análise: Os esquemas táticos do 1° turno

O primeiro turno acabou e o Furacão é o quarto na tabela do Campeonato Brasileiro. Colocação esta que se deve, principalmente, ao trabalho de Vagner Mancini. Claro que o trabalho dos jogadores, do preparador físico rubro-negro e do antigo técnico tiveram influência, mas foi a partir da entrada do atual treinador que o Atlético teve a incrível série de 12 jogos de invencibilidade no Brasileirão.

Vagner Mancini, assim que chegou, logo alterou o esquema tático base do time. O que antes era o 4-2-3-1 passou a ser o 4-3-1-2. A seguir, o desenho tático mostrará a última escalação no 4-3-1-2, e a tabela apresentará os esquemas táticos predominantes em todas as partidas deste primeiro turno do Campeonato Brasileiro de 2013:

A escalação utilizada no empate contra o Vasco e o 4-3-1-2 de Mancini [arte: Caio Gondo]

Esquema tático predominante [arte: Caio Gondo]

Vale lembrar que as partidas onde o 4-3-1-2 foi utilizado o Atlético estava com o Vagner Mancini no comando técnico. Ainda com o mesmo treinador, o Furacão variou uma vez para o 4-2-2-2, uma para o 4-2-3-1 e outra para o 4-3-2-1.

Variação para o 4-2-2-2 utilizada no empate contra o Internacional, no dia 11 de agosto [arte: Caio Gondo]

Variação para 4-2-3-1 utilizada na vitória contra o Náutico, no dia 31 de agosto [arte: Caio Gondo]

Porém, este 4-2-3-1 apresenta aspectos de jogo diferentes ao 4-2-3-1 de Ricardo Drubscky. Com o antigo técnico, o Atlético pressionava já na saída de bola, a linha defensiva se posicionava em linha alta e realizava a compactação dos jogadores próximo da linha do meio-campo e a área do goleiro adversário. Para que todos estes aspectos fossem realizados, a marcação pressão dos jogadores de frente tinha que ser constante. Caso o asfixiamento em campo ofensivo não acontecesse, o que realmente não acontecia com tanta frequência no tempo de Drubscky, os jogadores adversários conseguiam ter tempo para lançar a bola em profundidade para os seus atacantes e, assim, explorar o espaço entre a linha defensiva atleticana e o gol do Weverton.

Já o 4-2-3-1 de Vagner Mancini, assim como os outros esquemas táticos utilizados pelo técnico, apresenta outros aspectos de jogo: tem o início da marcação na intermediária ofensiva, somente os zagueiros adversários não sofrem marcação em campo ofensivo, a intensidade de marcação dos volantes e dos zagueiros atleticanos é enorme, apresenta uma transição defensiva veloz, a compactação é realizada entre as duas intermediárias e, por fim, realiza muito a jogada que mais tem dado certo desde que Mancini assumiu o comando técnico, o contra-ataque.

Para os fatais contra-ataques, o atacante do Furacão que está posicionado do lado que está acontecendo o ataque adversário se posiciona à frente da linha da bola. Com isso, este atacante rubro-negro terá o espaço vazio deixado pelo lateral adversário que está subindo e, assim, muito espaço para puxar o contra-ataque atleticano.

Flagrante tático [arte: Caio Gondo]

Observe-se onde está o Marcelo em relação à bola, e este já posicionado para explorar o espaço deixado pelo lateral do Atlético-MG que estava começando a subir ao ataque.

Conclui-se com esta análise, com todos os esquemas táticos utilizados pelo Atlético neste 1° turno do Campeonato Brasileiro, a modificação da postura do time em relação ao comando de Mancini e Drubscky e de que, atualmente, o Furacão está bem postado defensivamente e posicionado para contra-atacar.



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