20 set 2013 - 14h40

Análise do jogo: Mudando a história

Adversário do jogo desta quinta-feira (19), o Flamengo nunca havia sofrido uma derrota pelo Furacão no Maracanã. A vitória atleticana por 4 a 2 quebrou este tabu. Além disso, o Atlético devolveu o enredo da partida entre os dois times no primeiro turno, mas de forma melhor para o Furacão. No primeiro jogo entre as equipes, o Atlético abriu 2 a 0, porém, o Flamengo conseguiu empatar em 2 a 2. Entretanto, no Maracanã, foi o Flamengo quem abriu 2 a 0, acabou tomando o empate e, ainda, sofreu a virada. O Furacão mudou a história.

Para mudar a história, o Atlético sofreu nos primeiros 20 minutos de partida – minuto do gol de Fran Mérida pelo Furacão – pois até então só tinha dado Flamengo na partida. O time carioca havia feito 10 finalizações, sendo oito delas no gol do Weverton, e dois gols em falhas de marcação de Maranhão pela esquerda.

Atlético postado no seu tradicional 4-3-1-2 e Flamengo no 4-4-2 [arte: Caio Gondo]

Após o primeiro gol do Atlético, o andamento da partida passou a melhorar para o Furacão. Desde então, os comandados de Vagner Mancini mantiveram a posse da bola (até o momento do gol o Atlético estava com 62% e o Flamengo com 38%, e no final do primeiro tempo, as porcentagens passariam para 55% para o Furacão e 45% para os cariocas) e explorou a ruim marcação do lateral-esquerda do Flamengo com o veloz Marcelo atacando bastante naquele setor. Deste modo, o Furacão afastou o adversário da meta do Weverton e, ainda, conseguia atacar.

No intervalo, somente Vagner Mancini realizou substituição. Foi uma mudança inesperada, mas compreendida com o andamento do segundo tempo: Dellatorre entrou no lugar de Bruno Silva. Com isso, o Atlético passou a jogar no 4-3-3.

Atlético no 4-3-3: conseguindo atacar melhor e neutralizando os ataques flamenguistas [arte: Caio Gondo]

Com o 4-3-3, o meio de campo do Furacão passou a ter João Paulo mais recuado, Éverton na direita da faixa central do campo e Fran Mérida na esquerda. Estas alterações fizeram com que o camisa 22 do Atlético tivesse mais espaço para realizar a transição ofensiva, pois o volante flamenguista mais próximo, Cáceres, se posicionava bem atrás. E, ainda, João Paulo passou a ter a possibilidade de dar auxílio ao Luiz Alberto e Manoel na marcação central da defesa.

Já com os três atacantes, o Atlético fez com que os laterais do Flamengo diminuíssem as suas subidas ao ataque e, também, com que o Furacão tivesse ainda mais possibilidade de linhas de passes ofensivas. Com tantas oportunidades mais a frente, os comandados de Vagner Mancini fizeram 2 a 2, logo aos oito do segundo tempo.

Após o segundo gol, o Atlético passou a mostrar alguns dos motivos que fizeram ele estar na quarta colocação do Campeonato Brasileiro: havia alternância da altura do início de marcação, ora no campo ofensivo, ora atrás do meio de campo; manutenção da compactação com distância aproximada de meio campo; grande intensidade tanto ofensiva quanto defensiva; e, por fim e que apareceu muito neste jogo, o volume de jogo ofensivo.

Com o cenário ruim para o Flamengo, Mano Menezes – que pediu demissão logo após o jogo contra o Furacão – realizou as suas três substituições no intervalo de nove minutos. Já Vagner Mancini colocou somente Roger no lugar de Éderson, aos 27. E foi Roger quem fez a assistência para o gol de Marcelo, aos 23 do segundo tempo: 3 a 2 e o desespero passou a tomar conta do Flamengo.

Agora com a adversidade no placar, Mano Menezes passou a liberar as subidas de Elias para o ataque. Porém, ao perceber esta nova movimentação, Vagner Mancini colocou Deivid no lugar de Fran Mérida e, assim, passou a neutralizar as subidas do novo membro flamenguista no ataque carioca.

Mesmo com todas as substituições feitas, ainda assim o Atlético mantinha o controle da partida[arte: Caio Gondo]

Aos 35 da segunda etapa, Roger fez o seu primeiro e merecido gol com a camisa rubro-negra. Ele entrou com tanta disposição em campo que mereceu fazer o quarto gol atleticano no Maracanã. Com o 4 a 2, o Furacão passou a iniciar a sua marcação atrás da linha do meio de campo e só esperou o fim da partida.



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…

Opinião

O tempo é o senhor da razão

A famosa frase dita e repetida inúmeras vezes pelo mandatário mor do Athletico, como que numa profecia, se torna realidade. Nada como o tempo para…