Continuo querendo entender até hoje o ano rubro negro e penso que de cartomantes á cientistas renomados…ninguém compraria tamanha tarefa. Hercúlea.

Vida que segue, este final de semana veio-me á mente uma frase que não sei muito bem quem disse ..:“O que quer que um homem queira dizer, um poeta já o fez.”
Pensei! Boa. Ta aí a resposta as minhas inquietudes, a poesia.

Fã incondicional de Vinicius de Moraes, aproveitando que este ano ele faria 100 anos, creio que nosso maior letrista do amor ficaria honrado em auxiliar poeticamente, o mais poético time de futebol do Brasil.

Tentei contatos extra sensoriais com o “poetinha”, sem nada auferir desenvolvi uma pesquisa científica junto com meu amigo “Google”.

A Metodologia foi a seguinte:

Escrevia a pergunta orientadora, punha qualquer coisa relacionada ao poeta…ex: O nome”Vinicius de Moraes” e o “Googlinho” (sou íntimo dele) buscava os sites, restando a mim, dentro dos rigores metodológicos da investigação virto-astral (mistura de virtual com espiritual) abrir os sites na devida sequência da ordem, o poema que aparecia tinha uma resposta codificada que eu tratava de desvendar.
Aos resultados (P= Pergunta, R= Resposta e I = codoficação):

P: Primeiro Bimestre? R: Poema “Soneto de Separação”. I: “…De repente do riso fez-se o pranto, Silencioso e branco como a bruma, E das bocas unidas fez-se a espuma, E das mãos espalmadas fez-se o espanto…”

P: Segundo Bimestre? R: De novo Soneto de Separação. I: “… fizeram do amigo próximo o distante e da vida uma aventura errante…De repente, não mais que de repente.

P: Terceiro Bimestre? R: A música “A Tonga da Mironaga do Kabuletê. I: ”..eu vou é mandar você, Pra tonga da mironga do kabuletê, Pra tonga da mironga do kabuletê…”

Neste bimestre em virtude da seriedade da situação ( para todos, o time era de segunda divisão, brigava torcedor com torcedor, dirigente com dirigente, imprensa, mãe, pai, avô, avó, cachorro ao invés de lamber cuspia no dono, casais se separaram…um caos) resolvi reaplicar as técnicas por mais dois dias e em que pese o cenário caótico a poesia de Vinicius nos deu alguns sentimentos que estavam internalizados .

Primeira reaplicação: (Poema Soneto de Fidelidade) “…De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto, Dele se encante mais meu pensamento.

Segunda reaplicação: ( Caiu na música “ Tomara”) Tomara Que você volte depressa, Que você não se despeça, Nunca mais do meu carinho E chore, se arrependa, E pense muito, Que é melhor se sofrer junto…Que viver feliz sozinho.

P: Saída do “Drurys” (Fiz o trocadilho pois para haver mair sintonia espiritual lembrei que Vinicius gostava de tomar uísque.) R: Poema Chega de Saudade I: “…Vai, minha tristeza, e diz a ela, Que sem ela não pode ser, Diz-lhe, numa prece, que ela regresse, Porque eu não posso mais sofrer…”

Fomos ouvidos…veio Mancini (da onde caiu este cara? Só rezando.)

P: Últimos dois meses? R: Poema “O Haver” (meu preferido). I:“…Resta essa faculdade incoercível de sonhar, De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade, De aceitá-la tal como é…”

P: O momento presente? R: Caiu novamente o poema “O Haver”I: “…Resta esse diálogo cotidiano com a morte, esse fascínio, Pelo momento a vir, quando, emocionada, Ela virá me abrir a porta como uma velha amante, Sem saber que é a minha mais nova namorada.

Perdidamente apaixonado fiz uma última pergunta: O futuro? Bingo! Caiu a música “Garota de Ipanema”…Não exitei em perceber que Vinicius de Moraes queria nos deixar a derradeira mensagem. O Atlético vai ser a música mais famosa do Brasil e conhecida no mundo inteiro …e eu, emocionado, vendo aquele povo na chuva escolhi os versos finais: “Eu sei que vou te amar, por toda minha vida …Eu vou te amar.”
Benção, Vinicius de Moraes.