É possível que estejamos ficando mal acostumados e exigentes demais. Mas, sinceramente, acho que perdemos uma grande oportunidade de bater num bêbado. No papel (são) o Inter é bem qualificado, mas no momento, vejo-o prejudicado por contusões e um técnico que está deixando muito a desejar.

Da mesma form como deixamos de quebrar um tabu contra o Vasco, aceitando a priorização defensiva, ontem abdicamos de continuar tomando a iniciativa do jogo, recuando e deixando o adversário tomar conta do jogo. Da mesma forma que no Brasileiro, cedemos no final e perdemos a oportunidade de ganhar deles lá o que, para nós, é coisa rara na história do confronto.

Por isso, sobrecarregamos o sistema defensivo,provocamos muitas faltas, levamos cartões amarelos e dois vermelhos.

O Mancini faz um excelente trabalho, mas como não gosto de apenas opinar em cima de resultado – que em outras circunstâncias e tempos seria considerado ótimo – entendo que às vezes ele descaracteriza parcialmente a forma de jogar do CAP.

Se tivesse insistido mais no ataque no primeiro tempo teria liquidado a fatura ontem. Preferiu os contra-ataques que foram insuficientes para ampliar o placar.

O Éderson esteve sumido, O Botelho errou muitos passes – e não só ele – e deixou no segundo tempo uma avenida pelo lado esquerdo e até Baier e Éverton não atuaram bem.

Penso que em parte isso se justifica pelo desgaste excessivo no futebol aquático de domingo passado, além da sequência cruel de partidas, mesmo para para o CAP e sua privilegiada pré-temporada.

Mas concordo que se no decorrer dos próximos quase 30 dias o panorama para CAP e Inter não mudar substancialmente, o Furacão continua favorito para ficar com a vaga.