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30 set 2013 - 11h48

Os Sapos e a Marquise

O ano era 1973, pela primeira vez no campeonato nacional o estado do Paraná tinha dois representantes na competição nacional.

O Atlético com muitos problemas financeiros que se arrastavam desde 1969 tinha um elenco numeroso para época, 34 jogadores e inicia o campeonato com muita irregularidade e poucos gols nas partidas, até a 15 rodada quando fazia gol não era mais que um.

Chega o técnico Lanzoninho, o quarto da temporada, ele que em 1968 era o técnico daquele time fabuloso montado por Jofre Cabral. Lanzoninho inexplicavelmente abandonou o barco naquele ano depois de vencer o primeiro turno para dirigir o rival, mas como castigo do destino, um pouco mais a frente no segundo turno em disputa, foi dispensado para que Tim ocupasse o seu lugar no coxinha.

Após perder para o Vasco da Gama na irregular campanha de 1973, (dentro do Belford Duarte que era o nome do Esgoto Pereira na época e onde o Atlético mandava seus jogos), com um gol nos acréscimos, alguma coisa tinha que ser feito para o Atlético conseguir a reação no nacional e terminar com aquela zica. Não se sabe de quem ou de onde partiu, mas como Lanzoninho tinha fortes laços com o rival, conhecia bem o então Belford Duarte e havia sido recém contratado como o quarto técnico, fortes suspeitas pairam sobre o antigo treinador sobre a “A Lenda do Sapo Amaldiçoado.”

Segundo a Lenda, existia um sapo enterrado em um dos vestiários do Coritiba, e que este maldito Sapo amaldiçoava e tinha influências em time que não usassem a camisa com a cor branca. Depois de perder para o Vasco, o Atlético vai para Sergipe e traz mais uma derrota, desta vez 2×0 .Então na próxima rodada em casa, ocupa o outro vestiário do Belford Duarte e joga com as camisas brancas. O Atlético não só vence o Comercial, como faz mais de 1 gol, marca 4 sendo que 3 gols foram de Caio.Na sequência das rodadas o Atlético tinha mais 3 jogos seguidos como mandante no Belford Duarte, América, Flamengo e Santos. O Atlético permanece no novo vestiário e veste novamente os uniformes brancos contra os dois primeiros adversários e vence o América por 2×1 e Flamengo por 1×0. Chega o jogo contra o Santos, por respeito a Pelé e as tradições santistas com a sua camisa, o Atlético não joga de branco, só continua no outro vestiário. O resultado é mais uma derrota, 1×0 para o Santos. O próximo jogo seria contra o coxinha, com mando do rival que obriga o Atlético a ir para o outro vestiário e nem cogita a hipótese de jogar com as camisas com listras na vertical e o Furacão entra de rubro-negro novamente. O jogo começa e o coxinha faz 2 gols, Lanzoninho manda o time para cima que consegue marcar um gol com Didi Pedalada, e no resto da partida, o Furacão e faz um sufoco incrível no jogo, Jairo salva o coxinha operando grandes e improváveis defesas parando ali a reação do Atlético no campeonato. Fim do jogo, e quando todos os jogadores esperavam vaias, a torcida do Atlético aplaude o time em pé de maneira intensa e calorosa, não permitindo que a torcida do rival sequer esboçasse qualquer reação ficando boquiaberta. Mais a frente, por inteira falta de comprometimento dos diretores do Atlético para com os jogadores, o time não ganha as 2 últimas partidas contra Internacional e Corinthians e é eliminada do seu primeiro campeonato brasileiro na primeira fase. Se existe o Sapo ou macumba não da para provar, mas que tinha um massagista na época com o nome de Sarti que assumidamente dizia ser chegado numa encruzilhada isto existia sim. O que eu sei é o seguinte sobre o Couto Pereira 10 anos após a “Lenda do Sapo o Amaldiçoado”

28/05/1983 – Paraná : Onde o xixi abala as estruturas

– Finalmente Haroldo Alberge tomou posse como presidente da FPF segunda feira passada. Uma de suas primeiras providencias, mesmo sem ter sido procurado por dirigente do Coritiba, na quinta feira ele esteve como governador do Paraná Hosken de Novaes, e pediu a verba – Cr$ 20 milhões – para a reforma da grande marquise do estádio Couto Pereira, que ameaça ruir a qualquer momento.

Recentemente a pedido da administração do estádio, engenheiros peritos elaboraram um laudo técnico sobre as causas da oxidação dos cabos de aço da marquise: água das chuvas e – pasmem-se – acido úrico de grande quantidade de urina depositada ali pelos seus torcedores.

Dias após a verba foi liberada. Olhem só quem é que pega dinheiro publico para reformar estádio, quem é o verdadeiro gigolô do povo, e onde é que se localizava o verdadeiro chiqueiro desde os anos 80.

E como num conto de fadas, o sapo rubro negro vira um príncipe que a partir de 2014 estará num castelo novo, enquanto o sapo feiticeiro, invejoso, o verdadeiro sapo da maldição, começa a ver transformar seu sonho em pesadelo para manter a marquise em pé e acabar com a Reta da Mauá.



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