Juíza do trabalho determina suspensão das obras
Ao analisar pedido liminar feito em uma Ação Civil Pública, a juíza Lorena de Mello Rezente Colnago, da 23ª Vara do Trabalho de Curitiba, determinou nesta terça-feira (1) que as obras na Arena da Baixada sejam paralizadas até que uma série de irregularidades apontadas pelo Ministério Público do Trabalho relativas à segurança dos operários sejam sanadas.
Um relatório elaborado pelo Grupo Móvel de Auditoria e Condições de Trabalho em Obras e Emprego (GMAI) instruiu o pedido do Ministério Público do Trabalho e relacionou vários problemas, tais como "grave risco de soterramento de trabalhadores, atropelamento e colisão, queda de altura e projeção de materiais", dentre outros. A magistrada estabeleceu que as obras sejam imediatamente embargadas "até que todas as medidas de proteção apontadas no relatório do GMAI sejam efetivamente implementadas", impondo multa diária de R$ 500 mil para o caso de descumprimento.
Como nenhum representante da CAP S/A. foi encontrado até o momento para tomar ciência da Ação e ser intimado da liminar, as obras seguem normalmente nesta quarta-feira (2), com exceção de alguns trabalhadores de empresas terceirizadas que optaram por suspender as atividades voluntariamente.
Até agora, nenhum pronunciamento oficial foi feito pelo Clube ou pela CAP S/A., mas não custa nada lembrar que a obra de reforma e ampliação da Arena da Baixada é a única entre todas as sedes da Copa do Mundo FIFA 2014 que não teve registrado, até agora, nenhum caso de acidente ou moléstia aos trabalhadores envolvidos.