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4 out 2013 - 15h00

Alguns detalhes

O Paulo Baier é mesmo o dono do time. Apesar de ser um dos poucos ou o único a pensar o jogo, está se posicionando mal, deixa um buraco no meio de campo, não marca (sobrecarregando os volantes e zagueiros), dá sempre um balão pra pequena área nas mãos do goleiro em todas as bolas paradas, sem contar a amarração do jogo e o consequente freio que impõe aos contra-ataques.

Infelizmente, não é mais possível contar com a sua técnica em todos os tempos de todos os jogos. Imagino que ele deva exercer bastante influência no grupo a ponto de o Mancini, talvez, estar com receio de sacá-lo do time, porque acho pouco provável que o treinador não tenha percebido tudo isso até agora. Até porque, sabe-se que o presidente do clube não é muito fã do futebol dele.

Outro fato que tem prejudicado uma sequencia de bons resultados, na minha opinião, é o tanto de campo/espaço que o CAP dá pros adversários jogarem na espera de contra-atacá-los. Desde a partida contra o Santos que este arriscado sistema de jogo tem sido adotado, fazendo com que as falhas individuais sejam quase sempre fatais.

O que também se deve levar em consideração é que, de fato, não tem havido muito tempo para treinamento entre as jornadas. Contudo, deveria ser dado prioridade a um trabalho específico de finalizações, pois é incrível a quantidade de gols em chances reais que os atacantes têm perdido até agora. Deixamos de somar muitos pontos em razão disso. Caso isso venha sendo realizado com frequência, seria interessante a realização de um trabalho psicológico nessa altura crítica da competição, que visasse passar confiança e tranquilidade aos atletas. Mais gols, menos chutões, menos faltas, menos pisões, menos cartões, mais pontos = G4 e Libertadores. A camisa do CAP tem que ter um pouco mais de peso nos momentos de decisão. Esse ponto é fundamental.

O Léo é um bom lateral: tem velocidade, razoavelmente técnico e eficiente no apoio e na marcação. Precisa usar a cabeça um pouco mais.

O Pedro Botelho é um jogador muito limitado e indolente que deve ser constantemente advertido dentro do clube para que se concentre mais nas partidas e cumpra a função tática exigida.

O Luiz Alberto é extremamente lento. É nítida a dificuldade que ele tem de exercer marcação homem-a-homem, seja nas bolas paradas alçadas na área, seja nos contra-ataques sofridos. Qualquer treinador adversário que se atente a isso irá colocar um avante rápido pra girar em cima dele. Se a experiência é importante para o time dentro de campo, talvez fosse interessante reconsiderar a formação tática e posicionamento da zaga e dos volantes, a fim de explorar melhor as características e limitações decorrentes do desgaste físico e da idade do Luiz Alberto.

Urge o aperfeiçoamento da saída de bola com os volantes. Enquanto esteve contundido, eu imaginava que a volta do Deivid seria indispensável. No entanto, o vejo meio perdido na marcação e no esquema de jogo. O Bruno Silva, apesar da evidente dificuldade em dar passes curtos, tem mais força e capacidade de proteção da zaga.

A situação do Paulo Baier foi abordada no início do texto. Não acho que ele deva ser descartado, já que ele poderia vir do banco com sangue novo em algumas circunstâncias que exijam o cadenciamento da partida. O que não pode acontecer é essa fome que ele tem para entrar jogando em todos os momentos e ficar encarregado das cobranças de todos os lances de bola parada, pois já não é mais tão eficiente como no passado.

Portanto, se alguns detalhes forem corrigidos e o time tiver personalidade para definir jogadas e segurar a pressão que virá nos momentos decisivos e críticos como o presente, acredito no sucesso das nossas cores.



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