9 out 2013 - 1h39

“Não sou contra a imprensa”, diz Petraglia

Apesar do comportamento muitas vezes distante da imprensa, o presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, informou que não tem nada contra o trabalho dos jornalistas. “Não sou contra a imprensa, ela tem seu papel, mas processo jornalistas pela deformação da informação, a tendência negativa da informação. A função social não precisamos discutir”, disse em entrevista ao programa “Bola da Vez”, da ESPN Brasil.

O dirigente comentou também sobre a intenção de cobrar direitos de transmissão às emissoras de rádio, dizendo que só pode ter acesso aos produtos e ao conteúdo do clube quem paga por esse direito.

“Nós não somos contra as rádios, queremos que elas paguem. Porque eu tenho que dar ponto de luz, internet, lanche, água, eles vendem espaços publicitários com o nosso conteúdo, com o nosso produto e querem de graça. Nós somos contra o de graça, porque a televisão paga e as rádios não pagam? A rádio tem lucro, os fins são lucrativos. Não conheço nenhum dono de rádio pobre, duro, ou é político ou religioso ou grupo econômico”, avaliou.

Ele também comentou sobre as restrições de entrevistas, após as partidas, sendo concedidas apenas aos veículos que detém o direito de transmissão das competições. “Nós temos a Rádio CAP, nós damos todas as informações para a torcida, damos entrevista para o nosso conteúdo. O veículo deve pagar, se ele pagar a transmissão terá a entrevista como subproduto. Se não pagar não terá nada. O problema é só de dinheiro”, disparou.

Questionado se essa decisão limitava o acesso à informação aos torcedores e, comparando com o Estado, se seria correto apenas os veículos oficiais informarem sobre o que ocorre no governo, ele disse que são realidades diferentes. “Nós somos uma iniciativa privada, o governo é público. Há essa confusão na nossa cabeça que o futebol é público. O futebol é de caráter público, mas de direito privado. O estado não quebra, uma empresa de iniciativa privada quebra”, comparou.



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