30 out 2013 - 8h50

Atleticano percorrerá 860 km para acompanhar Furacão

Para alguns, a distância é mero detalhe acompanhar o Furacão em toda parte, como diz a música que embala a torcida atleticana. o hino da Torcida Organizada Os Fanáticos. Estevan Eduardo Silvestri, empresário e formado em Direito, morador de Pato Branco, aplica o canto da torcida para sua vida: ele percorrerá 860 km entre ida e na volta até sua cidade, tudo isso para chegar até a Vila Capanema na noite dessa quarta-feira (30) e poder torcer pelo Furacão na primeira partida das semifinais da Copa do Brasil, contra o Grêmio.

Este é mais um de vários jogos em que o atleticano do sudoeste paranaense virá até Curitiba, seja de carona ou de ônibus, com um intuito claro: apoiar o Atlético os 90 minutos.

A preparação para o jogo do Atlético desta noite iniciou para Estevan às 7h10 de hoje, na rodoviária de Pato Branco, onde pegará o ônibus, seguindo viagem por mais de oito horas até Curitiba. De acordo com Estevan, a partida contra o Grêmio é um capítulo para se “fazer história” no Rubro-Negro. Para assistir o Atlético nas partidas em Curitiba, ele afirma que as viagens na maioria das vezes são feitas de carro, “rachando” o combustível entre os atleticanos, porém há vezes em que a única opção é o ônibus, algo que torna a viagem ainda mais longa: mais de 8 horas para se chegar de Pato Branco até a capital paranaense e ir até o estádio.

“Comecei a gostar do clube quando era moleque, assistindo jogos pela televisão, vendo a pressão que a torcida fazia nos jogos e os comentários que diziam que jogar na Baixada era muito difícil. Posteriormente surgiu uma oportunidade e meu pai me levou a Baixada assistir um jogo. Lembro como se fosse hoje a emoção que senti, não sabia se assistia mais ao jogo ou prestava atenção naquela torcida”, relatou Estevan. Segundo ele, a partir daí várias viagens foram feitas até Curitiba com a intenção de acompanhar o Atlético, rotina de torcedor que se tornou mais intensa quando ele foi estudar Direito em Curitiba e se tornou sócio do clube. “Com o término da faculdade, voltei para minha terra natal, mas continuo indo ver os jogos”, completa o torcedor.

Questionado como é ser atleticano na região sudoeste, reduto de grande número de torcedores de times gaúchos e paulistas, Estevan ressalta que se sente privilegiado, até mesmo pelo fato da imprensa da região dar ênfase somente aos times gaúchos e de São Paulo. “Mas o pessoal está acostumando, devagar está aparecendo novos atleticanos. Vejo várias camisas rubro-negras aqui na cidade, alguns simpatizantes, outros torcedores de coração. Tenho plena certeza que o Furacão obtendo resultados expressivos a tendência é só de aumentar”, explica o atleticano.

A mobilização em prol da classificação para a final da Copa do Brasil é presente em Pato Branco. Estevan observou grupos de atleticanos indo até Curitiba nas quartas-de-final contra o Internacional, na última semana, algo que deve se repetir hoje, contra o Grêmio. “O maior problema que existe para organizar uma excursão é como conseguir ingressos para todo o pessoal. Já ocorreram tentativas no passado, mas o clube não ajudou muito em relação às entradas”, reclama Estevan.

“Quem for ao estádio vá para se doar ao máximo que cante e apoie o jogo inteiro. Que faça valer a mística da nossa torcida, pois estamos perto de mais um feito histórico”, afirma o empresário. Além disso, Estevan deixa uma mensagem para quem os atleticanos que moram em Curitiba e região: “Que aproveitem ao máximo o prazer de poder assistir uma partida do seu time de coração, de poder aproveitar a oportunidade de ter o Furacão pertinho e ter a chance de acompanhar melhor o time, afinal ir ao estádio fica fácil. Muitos aqui desejariam isso, mas não conseguem, em virtude da distância e valores dos ingressos, acaba ficando mais complicado”, finalizou Estevan, que estará hoje a noite nas arquibancadas da Vila Capanema, seguindo viagem por mais oito horas para voltar até Pato Branco após o final da partida.



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