Análise do jogo: Mancini alterou bem e garantiu a vitória
A vitória por 1 a 0 ontem sobre o Internacional fez com que o Atlético terminasse em segundo na rodada. O Furacão só havia terminado em segundo na 18° rodada, quando o Furacão venceu, também, na Vila Capanema e por 1 a 0 (naquela rodada, o adversário foi o Santos). Porém, as semelhanças das rodadas que os comandados de Vagner Mancini terminaram como vice-líder foram somente essas. Já que esta partida contra o Colorado foi acirrada.
Para começar o jogo, o Atlético e o Internacional começaram no 4-3-1-2 e no 4-2-3-1 respectivamente:
Times nos seus esquemas táticos habituais no Campeonato Brasileiro de 2013 [arte: Caio Gondo]
Como o Atlético começou melhor distribuído em campo e mais intenso, o Internacional não conseguiu sair do seu campo de defesa até os primeiros 20 minutos de jogo. Já que o Furacão começava a marcação na intermediária ofensiva e, ao mesmo tempo, os seus jogadores de frente apresentavam uma marcação ativa no adversário que estava com a bola, Clemer, técnico do Internacional, precisou modificar o posicionamento dos seus três meias.
Agora com Alex aberto pela direita, DAlessandro pelo meio e Jorge Henrique pela esquerda, o sistema defensivo rubro-negro demorou para se adaptar as modificações adversárias. Pois quando DAlessandro estava aberto pela direita, ele era marcado individualmente por Juninho, e João Paulo e Éverton realizaram a cobertura da lateral esquerda quando o camisa 28 saia de seu setor. Já com o meia argentino no meio do campo, Deivid passou a marcá-lo, e Léo e João Paulo passaram a cobrir o setor que camisa 5 atleticano deixava ao acompanhar DAlessandro.
Esta adaptação demorou cerca dez minutos. Visto que a partir deste período conturbado para o sistema defensivo rubro-negro, o Atlético conseguiu finalizar 3 vezes na meta de Muriel, sendo que uma delas resultou no gol de Dellatorre.
Assim como foi boa parte do primeiro tempo, do início até os 15 minutos do segundo tempo, o Furacão dominou a partida. Porém o cenário começou a ficar colorado quando, aos 10 minutos da segunda etapa, o meia Otávio entrou no lugar de Jorge Henrique. Com o jovem jogador, o Internacional passou a apresentar maior mobilidade, poder ofensivo, maior rapidez na recomposição do lado esquerdo e, assim, dificultando as subidas de Léo ao ataque rubro-negro. Uma das evidências de melhora do time gaúcho com a entrada de Otávio é de que todas as seis finalizações, que o time fez no segundo tempo, foram depois que o jovem jogador entrou no jogo.
Como o Internacional melhorou e passou a atacar mais pelo seu lado esquerdo, Vagner Mancini colocou Fran Mérida e Zezinho, nos lugares de Paulo Baier e Éderson, respectivamente, para que o seu time passa-se a marcar melhor o seu lado direito.
Atlético reforçando a marcação pelo lado direito com Zezinho aberto deste lado [arte: Caio Gondo]
Para a melhorar ainda mais o time colorado durante este período, Clemer colocou o atacante Rafael Moura, no lugar de Airton; adiantou o início de marcação do seu time, do meio de campo para deste a linha defensiva atleticana e passou a ficar ainda mais com a posse de bola (o time iria terminar com 53% de posse).
Em resposta às alterações de Clemer, Vagner Mancini fez com Deivid passasse a marcar por zona e alinhou Zezinho, Deivid, João Paulo e Éverton em uma linha de 4. Deste modo e com esta linha próxima à linha dos defensores, o Internacional conseguiu finalizar só duas vezes em 13 minutos.
Formação de duas linhas de 4 próximas fizeram com que o Atlético sofresse menos perigo ao seu gol [arte: Caio Gondo]