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7 nov 2013 - 0h32

A arte de engolir sapos

Hoje à noite nós poderemos perder para nós mesmos. Explico: jogadores mais “catimbeiros” do Grêmio farão o diabo para desestabilizar o nosso time. Eles sabem que sem agir desta forma não conseguirão se classificar. A antiga fama de copeiro do Grêmio se justificava em virtude das grandes equipes que conseguiam montar e pelo espírito frio que costumavam impor a si mesmos nos momentos mais decisivos.

Eles apostarão na tentativa de encontrar algum “juvenil” em nossa equipe. É preciso trabalhar o lado emocional dos nossos atletas, principalmente dos mais “esquentadinhos” que não gostam de levar desaforo pra casa e que gostam de ter “faniquitos” diante das câmaras de televisão, que hoje estarão abertas para o mundo do futebol. Milhões de telespectadores estarão com os olhos grudados no espetáculo da Arena do Grêmio na noite de hoje. Eu faria um trabalho psicológico especial em cima do nosso lateral Leo.

Para fazer parte da história do Clube Atlético Paranaense será preciso matar um pouquinho do ego de cada jogador nosso que estará hoje em campo. Será preciso engolir sapo para sair de lá com a classificação. Um gol apenas a nosso favor será o suficiente para desestabilizá-los. Fosse eu um dos privilegiados que estarão em campo nesta noite, diria a mim mesmo:

– “Se para sair classificado de Porto Alegre nessa noite seja necessário que eu engula um sapo, mandem preparar logo uns 3 (três)sapos, pois eu os comerei crus”!

Há um momento na vida de cada homem em que ele não deve pipocar. No penúltimo confronto entre Grêmio e o Clube Atlético Paranaense, o “catimbeiro” Cleber saiu “zoando” com a cara de alguns dos nossos jogadores:

– “Juvenis, juvenis, não passam de juvenis” hehehe.

Eu diria que a dor sentida por mais de um milhão de atleticanos seria bem maior que a dor do ego ferido de qualquer um dos nossos jogadores. A vontade de enfiar a mão e/ou o cotovelo na cara do adversário nas disputas (comportamento preferido por parte de alguns dos nossos) deverá ser contida, porque se for levada adiante, ela será bem menor que a dor sentida no coração dos atleticanos ao verem alguns dos nossos sendo expulsos ingenuamente da partida.

Garra sim, mas ingenuidade ao se deixar levar pelo ego, não!



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