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11 nov 2013 - 18h06

Tuas ideias não correspondem aos fatos!

Cheguei ao estádio bem cedo. Para homenagear aquele que há muito tempo não via, sua majestade o Sol, dirigi-me à reta do relógio. Além da vontade de sentir o astro rei, também havia em mim um desejo de acionar a máquina do tempo, uma vontade de me transportar à época em que eu viajava com a ETA para ver o Atlético Paranaense jogar (naquele tempo era só Atlético).

A reta estava quase vazia. Aos poucos eles foram chegando. Eram de diversas tribos e agrupavam-se em torno de um objetivo comum: torcer pelo sucesso do Furacão. Como o sol, meu querido sol, exagerava ao querer nos agradar, tiramos a camisa e nos deleitamos com a luz e o calor que ele nos dava.

Houve um momento em que uma pequena nuvem o tampou. Foi como se ela tivesse feito o gol que Marcelo faria mais tarde. A galera vibrou e a aplaudiu, porque naquele momento o sol era um “desbunde” só. Estava muito quente. Nós a agradecemos, mas logo ela se foi e o meu querido amigo que há muito tempo não via, voltou com a mesma intensidade. Ainda bem.

Os jovens que ali estavam cantavam, brincavam, aplaudiam e vaiavam. Era como se todos participássemos de uma peça teatral da qual nenhum de nós sabia o roteiro, mas esperávamos que ela tivesse um final feliz. As brincadeiras e zoações não paravam. Um cartaz em homenagem a um pequenino bambi surgiu no meio da garotada. Quando menos esperava, vi-me segurando-o para que os outros tirassem foto do “bambinelo” saltitante.

O jogo começou e ninguém mais sentou. Eu havia ido à academia na parte da manhã. Fizera esteira, bicicleta e musculação, portanto eu estava exausto. Na parte onde eu estava, havia só mais um “tiozinho”, mas ele parecia triste, agia como se estivesse ali por obrigação.

Num determinado momento nos mandaram sentar. Era pra fazer aquele ritual em forma de cântico: e somos a maior, do sul do Brasil, e quem não gostar, vá pra…”! Eu sentei, afinal quem mandava naquele pedaço eram eles. Logo em seguida disseram que era pra levantar. Ah, tá, me ensine como levantar (risos), só se for com um guindaste daqueles que estão usando na construção da nossa Arena FIFA. Mesmo exaurido, levantei-me e não sentei mais até o final.

O bom da coisa foi que em nenhum momento eles me trataram como um estranho na tribo. Era como se eu fizesse parte daquela galera há muito tempo. Duro mesmo foi suportar o cheiro da diambra. Poucos a usavam, e como eu estava no território deles, suportei “numa boa”. Pensava cá comigo: se eu sobreviver a isso tudo, sairei daqui meio “chapadão”, e no final nem saberei qual dos dois times seria o Atlético Paranaense.

Os cânticos de guerra e provocações apagavam quaisquer emoções negativas que porventura pudesse sentir naquele momento. Afinal de contas, eu estava ali porque eu havia decidido ali estar, e estava legal.

São Paulo *****, fugiu do caldeirão!

Rogéééério *****!

O cartão de visitas já havia sido dado. Os “bambis” entenderam bem o recado. Em campo o Atlético do Mancini dava aulas ao São Paulo do Muricy. Em nenhum momento nossa vitória foi ameaçada. Foi como se o São Paulo estivesse totalmente submisso a nós. Os bambis pareciam ovelhas caminhando para o matadouro, em fila, sem oferecer resistência nenhuma. Foi uma bela aula, e nós nos deleitamos ao aprender.

O menino Marcelo fez um gol antológico. Um gol que todos nós queríamos ter feito em nossas vidas. A partir do gol do nosso querido serelepe, os “bambinelos” entregaram-se de vez. Havia um desejo claro por parte dos jogadores do São Paulo de que o jogo terminasse logo. Mas o jogo não acabava, e a cada momento a superioridade atleticana acentuava-se ainda mais. Foi como roubar doce de criança (maldade que nunca fiz).

O bom da coisa foi que em nenhum momento houve briga entre a nossa querida torcida. Os atleticanos que ali estavam só queriam ser felizes, e fomos felizes.

Parabéns aos nossos meninos, e também ao nosso “veinho”. Eu vi: a bola foi rebatida e encaminhava-se para sair pelo lado da reta do relógio. Paulo Baier não se conformou, deu um pique como se fosse um menino. Foi lá e salvou a bola que sairia, e não contente com o feito, fez um lançamento de peito de pé com três dedos para o lado esquerdo do campo para alguém que lhe acenava. Esse era o espírito reinante entre o nosso time. Eles brincavam de jogar bola.

Parafraseando Cazuza, eu diria aos imbecis que brigaram entre si na nossa casa: “Tuas ideias não correspondem aos fatos”! A Torcida Organizada Os Fanáticos não foi representada pela bestialidade que vocês praticaram, e tampouco por aqueles que insistiam em impregnar o ambiente com o cheiro da rama.

O Atlético Paranaense é mais forte e importante que suas ideias, vocês não correspondem aos fatos! Os jovens que fazem parte da TOF não são como vocês. Eles só querem ser felizes!

E no mais… próximo!



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