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22 nov 2013 - 13h56

Para o alto da montanha

Do primeiro jogo da nossa final da Copa do Brasil eu saí muito contrariada por várias razões.

Me toquei que estávamos numa final, honestamente inesperada, fora da mágica baixada.

Achei a torcida estava sonolenta, o time sonolento, e o adversário incompetente. Digo isso porque do jeito que estávamos nervosos, o adversário poderia ter feito mais. Sem falar na total falta de preparo físico que fez esses jogadores adotarem a vergonhosa prática de se jogar em campo para dar um alívio para a moçada.

Sobre o nervosismo, até Mancini caiu. Demorou demais para corrigir a bobagem do Zezinho na lateral, demorou demais para tirar o incerto Paulo Baier, porque o certo não entrou em campo. Não entendi zagueiro armando a jogada, meio de campo aceitando marcação, Everton com postura de medo, passes displicentes, jogo aéreo com a qualidade que temos? A consequência disso tudo foi uma avalanche de bola nas costas da zaga, estávamos sempre correndo atrás da bola em nosso campo de defesa.

Sobre o chute de Amaral, foi indizível a liberdade que ele teve para chutar e marcar o bonito gol. Alguém me diga quando foi o ultimo gol do Amaral na Copa do Brasil?

Sobre Paulo Cesar. Bem, o que eu acho é o que acontece, mas todo mundo costuma chamar de choradeira, mas a realidade é que há um processo institucionalizado em nosso país de juízes mal preparados ou mal intencionados? Não sei. A verdade é que os times do grande-eixo são sim beneficiados pela arbitragem, pela mídia (não foi nada…) e pelos olhos gordos. Sim porque nossos rivais locais esquecem-se do quanto são “operados” em pleno próprio estádio toda vez que jogam contra aquele time, mas para poderem se aliviar da má fase, vale tudo. Então chamem do que for, mas acredito que houve pelo menos dois pênaltis a nosso favor, e duas faltas para cartão que não foram dados. Sem falar no domínio com mãos e braços, uma prática recursiva. É uma vergonha o que acontece nesse país em termos de arbitragem e para mim não há, atualmente, exemplo contrário, o que é uma pena.

Mas nem tudo são cornetas!

Marcelo Cirino, eu me rendo a sua majestade. Se não fosse por você, não sei o que seria do time neste jogo. Você teve tudo: raça, técnica, velocidade, vontade de ganhar.

Manoel e Luis Alberto, sempre presentes, muito obrigada.

E para concluir, só digo que eu acredito neste time. Acho que temos tudo o que é preciso e por isso mesmo estarei no Rio torcendo para uma partida emblemática, que comprove a força que temos. Essa força vem da união, da humildade, e da vontade de ganhar. Todo o resto é consequência. Lembrando que neste ano de 2013 quebramos um tabu de forma espetacular, contra esse mesmo time. O nervosismo fará parte, mas estamos em igualdade de possibilidades e eu prefiro sempre acreditar que podemos aprender com nossos erros e nos superar.

O alto da montanha só é alcançado por quem ultrapassa todas as barreiras e dificuldades. Avante Furacão, vou contigo!



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