Análise do jogo: Apatia em forma de derrota
Sem Paulo Baier e Pedro Botelho, Vagner Mancini iniciou a partida contra o Santos com Juninho na lateral-esquerda e João Paulo, no meio de campo. Desde modo, o Atlético começou no 4-3-1-2. Já Claudinei Oliveira, técnico do Santos, iniciou com Marcos Assunção e Geuvânio como novidades nos 11 titulares. E assim como o Furacão, o Santos também começou no 4-3-1-2:
Atlético e Santos no 4-3-1-2 [arte: Caio Gondo]
Como as duas equipes jogavam no mesmo esquema tático, o encaixe de marcação era facilmente realizado. Sendo assim, tanto o Atlético quanto o Santos realizaram estas movimentações ofensivas para quebrarem as marcações adversárias.
O Furacão teve como seu diferencial ofensivo a constante movimentação dos seus quatro meio-campistas. Bruno Silva, Deivid, João Paulo e Everton não tiveram posição fixa durante todo o jogo. Porém os dois que mais atacavam foram Everton e João Paulo. As projeções destes dois jogadores foram fundamentais para tirar Marcos Assunção e Alan Santos, os dois volantes do Santos, de seus posicionamentos defensivo. Pelo flagrante do gol de Marcelo, os dois volantes santistas acompanhavam Éverton e João Paulo e, graças às suas movimentações, Éderson teve tempo e espaço para dominar e cruzar para a realização do gol de Marcelo, aos 27 minutos:
Meio atleticano se defende em losango e ataca em quadrado [arte: Caio Gondo]
Os quatro meio-campistas do Atlético foram tão participativos durante a partida que foram estes jogadores que mais realizaram passes pela equipe rubro-negra. Bruno Silva com 46 passes e 72% de acertos, João Paulo com 44 e 82%, Deivid com 44 e 86% e Éverton com 42 e 88% foram os destaques estatísticos atleticanos e, assim, demonstrando como foi importante estes jogadores terem se movimentado frequentemente por todo o jogo.
Já o meio de campo da equipe alvinegra apresentou movimentação diferente para quebrar a marcação rubro-negra. Cícero e Montillo sempre se projetavam à frente. Nas vezes que eles avançavam muito, eles se posicionavam como atacantes do time paulista. Quando estes dois meio-campistas do Santos se projetavam como atacantes, um dos volantes do Atlético recuava até a linha defensiva para criar superioridade numérica.
Porém quando este meio-campista do Furacão recuava, abria-se um enorme espaço entre este que recuou e os outros três meios-de-campo atleticanos. Observem pelo flagrante abaixo, o enorme espaço entre os quatro meio-campistas rubro-negros (indicados pelas linhas amarelas) e, para piorar, como Zezinho e Deivid tiveram que dar combate lá na frente, pois os dois atacantes do Atlético (circulados de azul) não estavam tendo participação efetiva na jogada:
Flagrante do segundo santista e as várias falhas do sistema defensivo atleticano [arte: Caio Gondo]
O placar, de Santos 2 a 1 Atlético, demonstra qual das duas movimentações do meio de campo foi a mais efetiva. Mas até o fim deste jogo, Vagner Mancini tentou sair com a vitória sobre a equipe paulista.
O técnico do Furacão, até sair o segundo gol do time da Baixada Santista, havia colocado Zezinho e Dellatorre para aumentar ainda mais a movimentação do seu time. Já após o segundo gol de Cícero, Mancini colocou Roger no lugar de Bruno Silva e, com o desespero do Furacão em querer ao menos empatar a partida, o time atacava praticamente no 3-4-3. Enquanto que o Santos, já com a vantagem adquirida, se defendia no 4-2-2-2 e deixava somente os seus dois atacantes sem precisar recuar até o seu campo defensivo.
Já no fim do jogo e com todas as substituições já feitas, o Atlético atacava no 3-4-3 e o Santos se defendia no 4-2-2-2 [arte: Caio Gondo]