Domingos Moro e a defesa de Joinville
Logicamente nada irá justificar o comportamento das torcidas organizadas no jogo de Joinville, mas o bom senso permite avaliar e estabelecer as falhas que ocorreram e que infelizmente foram negligenciadas ao não serem estabelecidas as medidas preventivas pertinentes.
Tive a oportunidade de assistir ao programa do SporTV chamado Arena SporTV nesta segunda, dia 09, presentes o tenente-coronel Adilson Moreira da Polícia Militar de Santa Catarina, o promotor de justiça Francisco Paula Fernandes e do Delegado de Polícia Civil de Joinville. Foi declarado publicamente que existe uma Ação Civil Pública do Ministério Público de SC que determina que o policialmente ostensivo não pode ser realizado no interior da praça esportiva porque não está prevista no âmbito dos cuidados preventivos da PM de SC, exceto na parte externa do estádio, ficando o interior e arquibancadas sob a jurisdição da segurança privada, uma vez que tratava-se de evento de natureza privada.
Curiosamente o coronel acima referido declarou que em jogos do Joinville Esporte Clube a Polícia Militar executa a segurança interna da Arena Joinville, demonstrando conduta diversa em relação ao mesmo tipo de evento esportivo.
Entretanto o coronel Adilson reiterou diversas vezes que para eventos de natureza privada a segurança deveria ser feita por agentes privados. Não é o que o Estatuto do Torcedor reza.
Ora meus senhores, tratava-se de um jogo de futebol da 1ª Divisão do Campeonato Brasileiro, e o Atlético jogando longe de Curitiba e com a autorização e beneplácito da CBF que determinou que o jogo fosse a distância superior de 100km da capital paranaense. O jogo foi designado e oficializado pela CBF. Se a CBF autorizou vale dar uma lembradinha do Artigo 31 do Estatuto do Torcedor: A entidade detentora do mando do jogo e seus dirigentes deverão convocar os agentes públicos de segurança visando a garantia da integridade física do árbitro e de seus auxiliares (agentes públicos:grifo nosso).
Logicamente o Atlético convocou a Polícia Militar. Esta apenas deu cobertura à parte externa da praça esportiva. Conclusão: Não houve profilaxia da violência. Neste grande mal entendido e desentendimento jurídico por parte das entidades promotoras da justiça não é justo que o CAP perca dez mandos de campo, uma vez que deixou de ser feita a profilaxia da violência dado a cabo por inúmeros marginais travestidos de torcedores do Vasco e do Atlético.
Espero ter contribuído de alguma forma, sei que Domingos Moro fará uma defesa brilhante.