Os mesmos de sempre
Fevereiro 2006. O Atlético foi jogar em F. Beltrão pelo campeonato paranaense.
Ronei Basso, embaixador do CAP aqui em Cascavel organizou excursão. Mais de 60 atleticanos nos deslocamos até o Estádio Anilado – 150 quilometros.
Ronei, com sua dedicação peculiar, manteve contato prévio com a diretoria do União Beltrão e fomos muito bem recepcionados.
No espaço que nos foi reservado, o ‘barranco’, ali nos confraternizamos com atleticanos de Francisco Beltrão, Pato Branco, Dois Vizinhos, Verê …
Apenas um frágil alambrado nos separava da torcida do Beltrão. Nesse alambrado havia um portão onde um único policial militar fazia guarda.
Por esse portão as pessoas transitavam livremente de uma torcida para outra, comprar água, cerveja, sorvete …tudo em perfeita harmonia.
Faltando uns 30 minutos para iniciar o jogo, dois torcedores do coxa se aproximaram do alambrado para nos hostilizar. Receberam uma sonora vaia dos torcedores do Beltrão e se afastaram de fininho, constrangidos. Sequer o policial necessitou intervir.
Na hora do jogo começar, chegaram ao Estadio quatro torcedores da Fanáticos de Curitiba, quatro brutamontes, camisa amarradas na cabeça, tatuagens agressivas… e logo se dirigiram para a divisória provocar, xingar, insultar os torcedores, o povo e a cidade de Francisco Beltrão.
Inútil qualquer argumentação nossa, demais atleticanos, de quão inoportuno aquele comportamento. O ambiente que era de completa harmonia passou a ser hostil e uma dezena de policiais, com cara de poucos amigos, se deslocou para aquela divisória, até nos prejudicando melhor visão do jogo.
Dentre os 4 brutamontes o mais ensandecido atendia pelo chamado de ‘Neto’. O que era para ser só festa virou motivo de preocupação e, por cautela, deixamos o Estádio alguns minutos antes de terminar o jogo, sem qualquer incidente.
Passado um mês desse fato, compareci a Arena assistir um clássico contra o Paraná Clube. Estranhei quando vi esse tal ‘Neto’ dentro do campo, sim, lá no gramado. Fiquei a observá-lo, curioso, quando então ele se aproximou do goleiro do Paraná, o Flávio Pantera, que fazia aquecimento, e passou insistentemente importuná-lo.
Flávio tolerou, de início, mas depois reagiu junto com o treinador de goleiro. Tumulto, policiais em campo, retirado o tal ‘Neto’, Clube denunciado no TJ …
Passados uns tres anos, indo assistir o Atlético na vizinha Toledo, lá novamente o tal Neto, os outros tres de Beltrão e mais alguns assemelhados a provocarem, insultarem e desafiarem os torcedores de Toledo.
Lembro que, na época, o laborioso Ronei Basso estava articulando a criação da embaixada do CAP em Toledo, já bem adiantada, inclusive com um funcionário da CEF assumindo a empreita. Foi tudo por água abaixo.
Em confusões outras envolvendo a Fanáticos, sempre possível identificar (na TV) a presença do indigitado Neto.
Na última eleição para a presidência do Clube, voltei encontrar o mecionado nas imediações da Arena, camisa do CAPGIGANTE, a hostilizar todo atleticano que ali transitasse com camisa, boné, ou qualquer coisa que o identificasse como partidário da outra chapa.
Os baderneiros são sempre os mesmos, e se sentem fortalecidos quando são prestigiados pela direção do Clube.
Finalizo esclarecendo, para evitar qualquer mal entendido, que o tal ‘Neto’ não se trata, até por óbvio, do Neto que foi presidente do ETA, explora ponto comercial na Rodoviária, grande atleticano e pessoa sabidamente de bem.