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17 jan 2014 - 12h33

Campeões do Mundo que vestiram a camisa do Atlético

O Clube Atlético Paranaense é o time do estado do Paraná que possui o maior numero de jogadores que foram campeões mundiais de futebol em sua história.

O início desta história foi logo após o fraco ano de 1967 em que na sequencia Jofre Cabral assume presidência prometendo uma revolução, jogadores são contratados para fazer um grande time e os bicampeões mundiais começam a chegar fazendo parte da história do Atlético. Num primeiro momento chegaram Bellini, Djalma Santos, Zito e Pepe, permanecendo para as temporadas os dois primeiros, em 1975 o xerifão do Tricampeonato Brito vem para defender o Atlético e em 2002 uma cria da casa, Kleberson sai do CT do Caju para se tornar o primeiro jogador efetivamente campeão do mundo jogando pelo Clube Atlético Paranaense.

Bellini chega para ser o capitão do Atlético nos anos de 1968 e 1969, com grande disposição e raça conquista os atleticanos e com sua bela imagem ajuda o Atlético a conquistar novos admiradores para o Furacão. Com o seu respeito e sua liderança dentro campo, o grande time do Robertão de 1968 faz uma campanha que encanta o Brasil. A nação atleticana somente sente por não ter visto ele com a uma faixa de campeão em 1968 erguendo a Taça como na Suécia. Belline foi o precursor da arte de se levantar Taças nos mundiais, em 1958 ao receber a taça, alguns fotógrafos que pela estatura não conseguiam enxergar a Jules Rimet pedem que Bellini a erga, e ele levanta a Taça sem a intenção de tornar o gesto imortalizado, uma característica que ficou marcada em todas as Copas do Mundo que viriam pela frente, em que o capitão da seleção vencedora ergue a Taça FIFA, hoje em dia acompanhada por um beijo e algumas palavras, às vezes xingamento ou declaração de amor. Existe até os dias de hoje uma estatua em homenagem a Bellini no Maracanã erguendo a Taça, e a rampa de entrada é apelidada carinhosamente de rampa do Belline.

Djalma Santos vem para o seu terceiro clube profissional, o Atlético, tendo em seu currículo além do bicampeonato mundial, também a eleição do melhor lateral direito do mundo na Copa de 1958. Veterano parecia um garoto pela disposição, jogou de 1968 a 1971 onde também iniciou sua carreira de técnico. Junto com Bellini fez parte do grupo no Robertão de 68 e conquistou seu titulo no clube em 1970. Sofria com atos de racismo no interior do estado e não se tem qualquer relato de algum revide por parte de Djlama Santos, alertava a FPF pelo comportamento de alguns jogadores que utilizavam café com Dexamil e Perventin nos jogos do estadual, era uma espécie de estimulante que tornavam os jogadores agressivos. Em 1971 em um ATLEtiba histórico com o resultado de 4×3 em uma virada sensacional, Djalma Santos corria como um garoto destacava as revistas esportivas da época. Depois de parar com a bola, sempre em que falou do Atlético era com um imenso carinho, em suas entrevistas fazia questão de mostrar a faixa de campeão de 1970 em sua estande. Faleceu em 2013 deixando saudades na nação rubro-negra e no coração da velha guarda atleticana.

Zito havia se despedido do futebol em 1967, e convencido por Jofre Cabral de que poderia jogar ainda mais um pouco vem para o Atlético participar de alguns jogos e treinamentos, mas após o primeiro amistoso desiste do desafio, pois realmente não tinha mais condições físicas.

Pepe estava em fim de carreira e como acontecera com Zito veio conhecer o Atlético e Curitiba, neste mesmo amistoso em que atuou Zito, uma falta na posição em Pepe gostava de bater é marcada, Pepe é o segundo maior artilheiro da história do Santos e era conhecido como o canhão da Vila por ter um chute certeiro e potente, seu tiro atingia a marca de mais de 125 Km p/h com aquelas bolas antigas de capotão. Então Pepe pega a bola e a torcida se anima ficando curiosa, Pepe coloca a pelota na posição para fazer a cobrança, mais eis que um jogador remanescente do time que havia realizado aquela campanha horrorosa de 1967 chega para Pepe e diz: “Você manda lá na Vila Belmiro, aqui o cobrador de faltas sou eu”. Depois da cobrança da falta que foi bizonha, fraca e muito longe do gol. Pepe diz que não vai ficar e volta para Santos junto com Zito e também encerra sua carreira. Felizmente volta ao clube em 1995 como técnico para ser o campeão da serie B e colocar novamente o Furacão na elite do futebol brasileiro.

Brito que formava a zaga com Piazza no Cruzeiro e na Seleção na Copa de 1970, teve praticamente todo a sua carreira construída no Rio de Janeiro, levou uma forte suspensão após agredir um juiz e retorna a carreira em 1974 no Corinthians, mas a pressão por títulos do time paulista e a falta de ritmo prejudicaram Brito que no ano seguinte 1975 chega ao Atlético para formar a zaga com Alfredo. Passa por aperto incrível em União da Vitória após uma briga generalizada em que os jogadores para sair da cidade tiveram que ser escoltados pela policia até a BR, disse que jamais passou por situação semelhante em toda a sua carreira e neste mesmo ano 1975, com muitas dificuldades recebe um convite para ir para o NY Cosmos ,se despede do Atlético dizendo que sentia muito por deixar o clube e que tinha pena do Atlético, pois até as meias eram furadas.

Kleberson chegou de maneira tímida ao Atlético e muito jovem em 1998, mesmo tendo idade para jogar nas categorias de base era escalado gradativamente nos jogos dos profissionais, em 1999 entra em algumas partidas e sempre com um bom passe e arremates de fora da área vai deixando sua marca e pedindo espaço no meio de campo que contava com Kleber, Lucas, Adriano e Kelly, o primeiro quadrado mágico. Com a saída de Kelly para o futebol japonês Kleberson vai conquistando seu lugar e se tornando titular da equipe. Em 2001 formou o segundo quadrado mágico do Atlético com Kleber, Alex Mineiro, Adriano e Kleberson. Em janeiro de 2002 é convocado por Felipão na reformulação do time para a Copa do Mundo e num jogo contra a Bolívia, com uma grande atuação fazendo um gol e dando assistências praticamente carimba seu passaporte para o Japão. É confirmado no meio do ano na família Scolari e entra para história. No decorrer dos jogos da Copa de 2002 acaba se consolidando e se firmando no meio de campo, e na parte mais importante da campanha do Penta já era o titular absoluto ao lado de Gilberto Silva formando o meio campo e ataque com Ronaldinho, Gaúcho, Rivaldo e Ronaldo. Na final contra a Alemanha com suas características de ser um ambidestro e bom finalizador manda uma bola na trave de Oliver Kahn e deu o passe em que Rivaldo faz o corta luz deixando a bola passar para que Ronaldo fechasse o placar. Kleberson como reconhecimento ao Atlético não forçou imediatamente a sua saída, pois tinha muito mercado depois da Copa do Mundo e esperou pacientemente no ano de 2003 por uma negociação europeia, que chega e Kleberson vai jogar na Inglaterra, no Manchester United se despedindo temporariamente do Atlético. Retornou em 2011.



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