28 jan 2014 - 8h23

El Paranaense na Libertadores

Nesta quarta-feira (29), o Atlético encara o Sporting Cristal, em Lima, pelo primeiro jogo da Pré-Libertadores de 2014. O duelo, que será no Estádio Nacional, será a estreia do Furacão em sua quarta participação no torneio continental.

2000

A primeira participação do Rubro-Negro foi em 2000, após vencer a Seletiva da Pré-Libertadores de 1999. Na ocasião, o Atlético ficou no grupo 1 do torneio, juntamente com o Nacional-URU, Alianza Lima-PER e Emelec-EQU. Com uma campanha quase perfeita, o Furacão terminou a fase de grupos em primeiro lugar na chave e como segundo melhor aproveitamento no geral. Em casa, ganhou todos os jogos, aplicando 2 a 1 nos peruanos, 1 a 0 nos equatorianos e 2 a 0 nos uruguaios. Fora de casa, foi um visitante indesejado: 3 a 0 no Alianza em Lima, 3 a 1 no Nacional em Montevidéu e 0 a 0 com o Emelec em Guayaquil.

Com a segunda melhor campanha geral e a primeira colocação no Grupo 1, com os mesmos 89% de aproveitamento do América de Cali-COL que teve a melhor campanha pelo saldo de gols, o Atlético foi para as oitavas de final encarar o segundo colocado colocado do grupo 8: o Atlético Mineiro. No primeiro jogo, no Mineirão, o Galo levou a melhor e trouxe a vantagem do empate para Curitiba. Na Baixada, O Rubro-Negro impôs o seu ritmo de jogo e conseguiu abrir uma vantagem de 2 a 0. Mas, na reta final do jogo, Marques fez o gol que levara a decisão para os pênaltis, já que não havia o critério do gol marcado fora de casa.

Nas penalidades, Adriano Gabiru chutou sobre a meta a chance do Furacão avançar às quartas. Guilherme fez o gol que classificou o Galo para encarar o Corinthians.

2002

Não demorou muito e o Atlético voltou a disputar uma Libertadores. Em 2002, o clube entrou com moral, como o atual campeão brasileiro. E decepcionou. No grupo 4, juntamente com América de Cali-COL, Olmedo-EQU e Bolívar-BOL. Em casa, ganhou apenas do Olmedo, por 2 a 0. Empatou por 1 a 1 com o América de Cali e perdeu por 2 a 1 do Bolívar.

Fora de casa, perdeu por 5 a 0 dos colombianos, por 2 a 1 dos equatorianos e empatou por 5 a 5 com os bolivianos, após abrir 5 a 1 e deixar o adversário empatar o jogo. Com cinco pontos, foi o lanterna do grupo e deixou precocemente a competição.

2005

Em 2005, nova participação no torneio. E essa o torcedor atleticano não esquece. Classificado como atual vice-campeão do Brasileirão, o Atlético perdeu peças importantes e precisou se reinventar para a Libertadores. No grupo 1, o Atlético encarou o paraguaio Libertad e os colombianos Independiente Medellín e, novamente, o América de Cali. Contra o Libertad, duas vitórias: 2 a 1 no Paraguai e 1 a 0 em Curitiba.

Contra o América de Cali, cada time venceu a sua partida em casa: o Rubro-Negro fez 2 a 1 em Curitiba e perdeu por 3 a 1 na Colômbia. A pedra no sapato foi o Independiente Medellín, que, apesar do empate por 2 a 2 na Colômbia, aplicou um sonoro 4 a 0 no Atlético, em plena Arena.

O Atlético conseguiu passar de fase como segundo colocado no grupo, com os mesmos 10 pontos do Independiente. 11° no geral, o adversário seria o 6°, Cerro Porteño, com a decisão no Estádio General Pablo Rojas. Na Arena, o Atlético saiu na frente com gol de cabeça de Lima. Os paraguaios empataram com Julio dos Santos, que vestiu a camisa do Furacão – sem sucesso – anos depois. O Atlético levou a vantagem para o Paraguai após marcar, novamente de cabeça, com Cléo.
No Paraguai, casa cheia e pressão para cima do Rubro-Negro. E o Cerro Porteño abriu o placar logo aos seis minutos, novamente com Julio dos Santos. O Atlético não demorou a reagir e empatou aos dez, com Lima, que também havia marcado no primeiro jogo. No final do primeiro tempo os donos da casa voltaram a ficar na frente do placar, quando Santiago Salcedo marcou seu nono gol no torneio. O jogo permaneceu assim até o final e a decisão foi para os pênaltis. Todo mundo acertou até a última sessão da primeira série de cobranças. Na bola, Santiago Salcedo, o artilheiro da Libertadores. No gol, Diego. E Diego defendeu. Sobrou a Evandro a última cobrança, que colocaria o Atlético pela primeira vez nas quartas de final de uma Libertadores. Evandro foi pra bola e fez. O Atlético teria o Santos pela frente.

Na Baixada, o Atlético saiu perdendo com gol de Ricardinho. O empate veio com Evandro e a virada veio dos pés de Marcão. No final do primeiro tempo, Deivid empatou para o time paulista. Na segunda etapa, Fabrício fez o gol que decretou a vitória atleticana.

A vantagem para o jogo da volta era boa, mas quem pensou que o Atlético iria jogar para segurar o resultado, foi surpreendido com uma nova vitória paranaense. Com dois gols de Aloísio, o Atlético avançava às semis e ia fazendo história.

O adversário seria o Chivas Guadalajara, do México. Como de costume, o primeiro jogo na Arena. E o jogo em casa liquidou o duelo. Aloísio abriu o placar com um gol de cabeça, Fernandinho ampliou, de falta e Fabrício fechou o placar com um lindo chute de fora da área. Era só administrar a vantagem no México. Tarefa difícil diante de um Jalisco com mais de 60.000 pessoas. E o Atlético ainda viu Palencia abrir o marcador. Mas o Furacão tinha Lima, que virou o jogo para os visitantes. No final, Palencia ainda marcou mais um para os mandantes, mas o empate não era suficiente e quem comemorou foi o Atlético.

Pela primeira vez na história, uma final com dois times do mesmo país. O Furacão iria encarar o São Paulo, que tinha eliminado o River Plate. Como a Arena não havia o número de lugares que a Conmebol exigia, o jogo foi transferido para Porto Alegre. Mesmo sem a força que a torcida estava habituada a exercer na Arena, o Atlético abriu o placar com Aloísio. O empate veio com um gol contra de Durval e o jogo ficou nisso.

A decisão seria no Morumbi. Empurrado por mais de 70 mil torcedores, o São Paulo abriu o placar com Amoroso aos 16 minutos da primeira etapa. O Atlético conseguia se segurar como podia e sofreu um pênalti aos 46 minutos. Fabrício foi pra bola e, se marcasse, o Atlético estaria a 45 minutos de uma disputa de pênaltis que mudaria a história do clube. Fabrício, Rogério Ceni e um espaço de 2,44m de altura por 7,32m de largura. Mas Fabrício jogou a chance na trave. O time veio abalado para o segundo tempo e o São Paulo aplicou 4 a 0.

Em 2014 é a primeira vez que o Atlético irá disputar a pré-Libertadores e, se avançar à fase de grupos, irá entrar no grupo 1, que conta com o Argentino Velez Sarsfield, o peruano Universitario e o boliviano The Strongest.



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