25 fev 2014 - 0h01

Direto da Argentina, a nossa torcida!

“Eu te sigo em toda parte!” A famosa música da torcida atleticana, que já virou até tema de campanha publicitária do clube, se diz presente mais uma vez e move diversos torcedores a percorrerem os 1.793 km que separam Curitiba de Buenos Aires para acompanhar o jogo desta noite, entre Vélez Sarsfield e Atlético, pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores.

Na bagagem, eles carregam um otimismo com pés no chão e a responsabilidade de representarem uma legião inteira de torcedores que acompanharão à partida pela TV, com transmissão pela Fox Sports 1 (clique aqui e confira) ou pelo radinho. Todos, num compromisso com a nossa paixão, naquele que é considerado o jogo mais difícil desta fase da Libertadores, tanto por atleticanos, quanto para velezanos, como são chamados os torcedores do Vélez.

“Minhas expectativas são de 3 pontos, mas sabendo que é o jogo mais difícil da primeira fase. Então um empate já será bem-vindo. O clima na cidade e movimentação de torcida, por ser o Vélez, é mais difícil perceber. O Vélez é um time de bairro e você não vê torcedores nas ruas do centro. Mas consegui encontrar um! E ele disse que considera esse o jogo que vai definir o primeiro e segundo lugar da chave”, contou o empresário atleticano Felipe Sanchez, que está na cidade desde o fim de semana e comentou que as principais referências atleticanas para os argentinos atualmente são o atacante Adriano e as obras na Arena para a Copa do Mundo.

O pouco prestígio do nosso adversário em terras locais também foi citado pelo atleticano William Romero, que junto com mais quatro amigos chegou à capital portenha na segunda-feira. “O clima na cidade não parece tão inflamado por conta do jogo. Isto pode se dever ao fato de o Vélez ser considerado um time pequeno pelos argentinos no que tange à quantidade de adeptos”, disse, completando com uma história que presenciou: “Para você ter uma ideia, fomos trocar dólares numa casa de câmbio e o sujeito insinuou que o estádio seria pequeno. Questionei a afirmação, já que o campo tem capacidade para quase 50 mil pessoas. Ele referiu que o Vélez é um time sem torcida e que nunca chega perto de encher o estádio”.

Um retrospecto que ao menos parece ser favorável ao Furacão, que terá uma torcida pequena no estádio José Amalfitani, mas que será bem barulhenta, como já é tradicional nos jogos do Atlético. Além dos torcedores individuais ou grupos de amigos, um ônibus da torcida Os Fanáticos também saiu de Curitiba rumo a Buenos Aires.

Para quem vai daqui algumas horas ao estádio acompanhar de pertinho o jogo, a confiança é palavra obrigatória. “Espero que nossos jogadores tentem esquecer a pressão da torcida e foquem só dentro de campo, que com certeza temos mais qualidade que eles”, disse Felipe Sanchez. “Nossa maior dificuldade é a qualidade do time do Velez. Embora seja um time muito mais famoso pela propaganda do que pelo futebol efetivo, é um clube que tem muito mais tradição que nós na Libertadores. De mais a mais, já foi campeão do mundo”, alertou William Romero.

Mas independente das dificuldades, os atleticanos que estão na Argentina deixam um último recado citando a música-lema dessa trajetória: “Nesta campanha estaremos sempre contigo, Furacão!”.



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