26 fev 2014 - 10h13

Análise do jogo: Quarto jogo e segunda derrota

Diante do primeiro teste contra um time organizado, o Atlético perdeu. O placar adverso de 2 a 0 para o Vélez Sarsfield demonstrou o quanto o atual elenco rubro-negro ainda não se encaixou ao esquema de jogo de Miguel Portugal. O resultado não foi dilatado, mas demonstra o quanto o técnico espanhol não tem conhecimento dos seus comandados. Para a partida contra o Vélez, o esquema tático inicial foi o 4-4-1-1. Já o time argentino jogou no 4-4-2 em linha.

Atlético no 4-4-1-1 e Vélez Sarsfield no 4-4-2 em linha [arte: Caio Gondo]

Desde o início do primeiro tempo até o fim do mesmo, o Vélez Sarsfield realizou pressão desde a saída de bola do Atlético, teve grande intensidade de marcação em todos os setores do campo, os seus jogadores realizaram troca rápida de ação de jogo e concretizou muitos passes corretamente. No total, o time argentino acertou 375 passes, enquanto que o Furacão acertou 263. Com a equipe velezana acertando mais e ditando o ritmo da primeira etapa, a vantagem de um gol no placar não foi injusta.

Já que o Atlético, assim como nas outras três partidas que realizou com o elenco principal, manteve a marcação com duas linhas de quatro e dois de seus jogadores pouco contribuíam defensivamente. Nos outros jogos, esta dupla que não ajudava tanto o sistema defensivo era formada por Marcelo e Éderson, já contra o Vélez, a dupla foi formada por Fran Mérida e Éderson. No flagrante adiante, veja o sistema defensivo rubro-negro com as duas linhas de quatro com Fran Mérida sem sequer atrapalhando o adversário:

No flagrante, a linha defensiva está de vermelho, a do meio de campo está de laranja e Fran Mérida está longe do setor da bola [arte: Caio Gondo]

Com o Vélez Sarsfield pressionando desde a saída de bola, buscando a compactação em campo ofensivo e com o volante Héctor Canteros transformando o 4-4-2 em linha para 4-1-3-2 (linha de meio-campistas ofensivos formada por Allione, Canteros e Cabral), o time argentino fez o seu gol, aos 37 da primeira etapa.

No intervalo, nenhum dos técnicos realizou substituição, mas ambos alteraram a proposta de jogo de suas equipes. Pelo lado rubro-negro, Miguel Portugal fez com que o seu time pressionasse desde a saída de bola do Vélez, buscasse a compactação no campo ofensivo, Paulinho Dias centralizou com e sem bola para as ultrapassagens de Sueliton e, assim, o Furacão conseguiu finalizar seis vezes e acertou duas na meta adversária.

Enquanto que no primeiro tempo, o Atlético finalizou quatro vezes e todas foram para fora gol de Sosa. Por boa parte da segunda etapa, o Rubro-Negro pressionou.

Entretanto Portugal não esperava que a equipe argentina fosse tão traiçoeira. Ao mesmo tempo que o Atlético avançava os seus jogadores, já que as entradas de Mosquito e Bruno Mendes nos lugares de Fran Mérida e João Paulo demonstraram tal intenção, o Vélez Sarsfield se organizava para o contra-ataque para decidir o jogo. As entradas de Correa e Ferreira que são mais velozes do que os titulares, Cabral e Zarate, mostraram que Turu Flores, técnico do Vélez Sarsfield, ainda buscava mais um gol. E ele veio.

Aos 33, depois do lance ter iniciado com a falta de movimentação de todo o time do Atlético para dar opção de passe para Dráusio sair jogando, Mirabaje perdeu a bola no meio de campo e fez com que o Vélez Sarsfield concretizasse o contra-ataque fatal. Gol de Lucas Pratto.

Depois de exatos quatro minutos do segundo gol argentino, Adriano entrou em campo no lugar de Éderson. Já pelo lado do Vélez, o enganche Caseres entrou no lugar de Pratto, aos 40. Mas assim como a alteração do esquema para o 4-2-3-1 com as entradas de Bruno Mendes e de Mosquito, a segunda participação de Adriano com a camisa do Atlético não alterou o andamento da partida. Fim de jogo: Vélez Sarsfield 2 a 0 Atlético.

Distribuição dos jogadores depois de todas as substituições terem sido realizadas [arte: Caio Gondo]



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