O jovem Nathan e o Presidente
Já me manifestei anteriormente aqui no Fala sobre o jovem Nathan, tendo escrito que surgia um novo Zico no futebol brasileiro. Talvez seja exagero na peroração deste atleticano, mas o menino tem grandes qualidades. Percebe-se pelo toque de bola refinado, excelente visão de jogo e qualidade no passe. Na seleção brasileira que disputou o último mundial da categoria, ele também era o homem da bola parada e batia bem as faltas.
Por tudo que se antevê, está explicado o porquê da relutância dos responsáveis pela sua carreira de não chegarem a um acordo para acertar o prolongamento do seu contrato que vence em meados do início de 2015.
Não imagino o quanto se está pedindo para renovar o contrato, talvez até seja um absurdo fora da realidade, considerando-se a idade e a projeção atual do jogador, mas esforços devem ser envidados no sentido de que ele possa permanecer por mais algum tempo no Brasil. Espelhem-se as partes no que ocorreu com o Neymar, brilhou no Santos e agora vive seus melhores momentos no Barcelona e na Seleção.
O Atlético já deve a Nathan a classificação para a fase final do Campeonato Paranaense e até ouso dizer a passagem para a fase de grupos da Libertadores, vide aquela jogada pela direita ao apagar das luzes do jogo contra o Sporting Cristal, em que ele cortou para a esquerda e cruzou para aquela muvuca que terminou no pênalti que Éderson converteu.
Presidente Petraglia, não vamos deixar que novamente venha um Flamengo aqui e leve esta nossa extraordinária revelação. Que se apele à boa vontade dos empresários do Nathan (leia-se o próprio pai do rapaz) orientando-os que eles só tem a ganhar se o menino permanecer no Atlético e brilhar no Campeonato Brasileiro, que é a maior vitrine do futebol mundial, expondo-o para os grandes clubes do futebol europeu, com vantagens pecuniárias futuras para todas as partes interessadas.