11 mar 2014 - 16h21

Clube rebate acusações de uso indevido de dinheiro das obras

Nos últimos dias alguns portais da internet e programas de televisão, dentre eles a Folha de São Paulo e o canal ESPN Brasil, este último através da notícia da Folha, divulgaram que o Atlético teria usado dinheiro destinado às obras da Baixada para tentar a compra do lateral direita Léo, que hoje pertence ao Flamengo. As matérias surgiram após a divulgação de um comprovante de depósito de R$ 1,5 milhões da CAP/SA para o Vitória.

Hoje, o portal GloboEsporte.com esclareceu o assunto após entrar em contato com a Fomento Paraná. ""Todas as notas de prestação de serviço e compra de insumos são minuciosamente verificadas por uma equipe de auditores. As auditorias realizadas pela empresa acima apontam que a relação entre o Clube e a CAP S/A não envolve o dinheiro das operações de empréstimo. É uma relação entre duas entidades de direito privado", disse a nota da entidade.

Devido à toda a repercussão, o Clube também se manifestou através de uma nota no site oficial. Leia abaixo a nota oficial na íntegra:

Divulgou-se hoje que o Atlético teria utilizado dinheiro da CAP S/A na aquisição de um jogador de futebol (lateral direito Léo, hoje no Flamengo). Fosse verdadeira, a notícia seria grave, sem dúvida. A CAP S/A é uma sociedade com o propósito exclusivo de executar as obras do Estádio. Recebeu financiamentos de Bancos Públicos. Estes recursos não poderiam ser utilizados para comprar jogadores, é claro. A verdade é que houve isso. A notícia é falsa.

Como é de conhecimento público (por razões estranhas à questão noticiada) houve sistemáticos atrasos nos repasses dos valores dos financiamentos à CAP S/A. Para que a obra não sofresse ainda mais com a ausência de recursos, o Clube Atlético Paranaense fez uma série de empréstimos à CAP S/A, em contratos de mútuos que estão contabilizados. Tais movimentações estão devidamente auditadas pela Pricewaterhouse. No momento do indicado pagamento pelo jogador Léo ao Esporte Clube Vitória, a CAP S/A devia ao Clube Atlético Paranaense 28 milhões de reais. Mútuos contabilizados e auditados que ajudaram a salvar a obra em um momento de atraso no repasse dos financiamentos.

Assim que entrou o valor de uma parcela do financiamento, no final do ano passado, a CAP S/A pagou ao Clube Atlético Paranaense parcialmente os mútuos com transferência para a conta do Clube e, no caso do jogador Léo, fez pagamento direto para a conta de um credor. A operação é juridicamente irretocável (pagamento de dívida por terceiro, com posterior reembolso com a quitação parcial de mútuo – art. 305 do Código Civil) e está, para insistir, contabilizada e auditada.

A notícia originalmente veiculada, enfim, é falsa. Houve muito dinheiro do Clube Atlético na CAP S/A. Nenhum dinheiro da CAP S/A no Clube Atlético. É o que diz o balanço auditado. A propósito, recentemente o Clube Atlético Paranaense voltou a ser credor da CAP S/A, em novos contratos de mútuo para dar conta de atraso no repasse da última parcela do financiamento.



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