Quem quer Deivid?
Um comentário numa postagem dias atrás me pôs a pensar num Furacão sem o ‘guerreiro’ Deivid na meia cancha da equipe titular.
Há vários anos contesto a função tática e técnica deste jogador no setor.
A rigor, presenciei duas partidas de excelência que o citado atleta desempenhou como titular.
Uma em 2011 quando, com Vitor, compôs o setor de contenção e anularam o Santos de Neymar (ganhamos de 2 a 0) com um partidaço de Cleber Santana.
Outra no derradeiro – e fatídico – jogo contra o Vasco em Joinville, naquele 5 a 1.
Fora isto, difícil lembrar.
Deivid tem como características específicas a marcação e o desarme, e só. Pouco para o que se exige no futebol atual.
Tanto que quando saiu na última da Libertadores o conjunto rubro-negro melhorou, com circulação de bola até a conquista da vitória.
Em comparação ao que foi dito de Paulo Baier, para os que defendem o esforçado – apenas isto – rapaz, indago: o que Deivid ganhou com a camisa do CAP?
Ouvi tempos atrás que o clube tem propostas para o volante. NesSe diapasão, mais que na hora de negociá-lo, pois aqui mais atrapalha – tomando espaço de outros – do que ajuda.
Porém, desconfio que seja um blefe, ou que as mencionadas propostas sejam pífias, e ainda vamos ter de aturar este limitado jogador por bastante tempo na equipe.
E nosso Atlético, se quiser alçar voos mais altos, precisa de um praticante de futebol com qualidade e não de um guerreiro, mero destruidor, anulador do craque adversário.
Espero que fique no banco contra o combalido Universitário pois não há a quem marcar.
Seu tempo aqui passou.
P.S.: sobre Petraglia, sugiro a leitura da coluna do Carneiro Neto na edição de hoje (quarta, 19.03) da Gazeta do Povo. Simplesmente perfeita.