Lições de uma derrota e o futuro
Parabéns ao Londrina. Soube ganhar, como o Atlético não soube segurar a vantagem (apesar do último gol em claro impedimento, mas o árbitro não deu, então não adianta reclamar). Pena para o time quase só de meninos do CAP que enfrentou as cobras criadas do Tubarão (que merecia pelo menos duas expulsões, mesmo com o jogo decido, pelos pontapés sem bola, que o meritíssimo fez que não viu… terminando a partida 30 segundos antes do fim).
O Atlético perdeu por causa da inexperiência, que proporcionou os 3 últimos gols, todos com a defesa paralisada. Não vamos procurar culpados no time, que foi brioso e brilhante em vários momentos do campeonato, nem no técnico Petkovic, que fez limonada com o balaio de limões verdes que recebeu.
Com mais de 120 jogadores registrados na CBF, o Atlético poderia ter reforçado o time nesta reta final… mas lá todo mundo tem medo do Drácula.
Adriano? Foi bem, apesar de estar fora de forma. Deu o passe do gol do Marquinhos, manteve sempre dois zagueiros londrinenses com ele, ajudou na defesa, fez paredão como ninguém servindo os meia para chutar de frente para o gol, como foi naquela bola na trave. Quem não acredita nele que espere. Ele estava feliz no final do primeiro tempo, como um guri fominha que ganha uma bola nova (e esta é a nova chance dele, no futebol). Em forma, o Atlético terá em Adriano um novo Washington, o coração valente (se ele se comportar e se dedicar).
No mais, a vida segue e vamos cuidar agora da Libertadores, da Copa do Brasil e do Brasileirão, com a esperança que uns 8 deste time sub-23 sejam promovidos ao elenco principal (senão vejamos: o goleiro Rodolfo que é ótimo, os dois laterais Mário Sérgio e Sidiclei, os volantes e meias Hernani, Harisson, Otávio, e Marcos Guilherme e os atacantes Guilherme e Nathan (ou ele é meia?).
Esta meninada é o futuro do Atlético, que poderá parar de importar medalhões mais caros. Imagino esta meninada com o Paulo Baier ensinando, mas isso o coronel jamais iria permitir. Assim como dificilmente permitiria acabar de formar esta meninada, mantendo todos no clube, economizando na desnecessária folha de pagamento com mais de 120 jogadores (alguns emprestados, é verdade, sem ônus para o Atlético). Valeu a lição, triste e doída.
É o que penso desta noite e do nosso futuro – que, infelizmente, depende de um homem só: Mário Celso Petraglia.