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16 abr 2014 - 18h36

Devagar com o andor, Lenor

Carlos Augusto Fabri, assiduo frequentador deste espaço, em artigo do último dia 12 ‘Chega de Fascismo no Futebol’ comenta sobre o noticiado episódio de suposta ofensa racial ao atleta Mariano no confronto Paraná Clube x São Bernardo.

Conforme denunciado pelo atleta, dois torcedores do Paraná Clube o teriam chamado de macaco quando deixava o campo.

Fabri pede que o fato seja apurado e o clube punido com a exclusão do torneio, ideia semelhante à da imprensa paulista.

Evidente a insensatez do sempre sensato Fabri, que parece afetado pela irracional ‘febre racial’ que toma conta da imprensa esportiva.

À dar guarida a tamanha atrocidade, temos que se no jogo Atlético x Grêmio do próximo dia 20 algum torcedor atleticano cometer semelhante desatino, o clube deverá ser excluído do certame, ou rebaixado. Não esquecendo a hipótese de tal torcedor, mesmo não sendo atleticano, intencionalmente se faça passar por tal, com o intuito de prejudicar o Clube.

Valendo esta hipótese, claro, também para o Grêmio e/ou qualquer outro clube.

O episódio me faz lembrar da última vez que frequentei um estádio. Foi no Janguitão, Atlético x Rio Branco, rodada inaugural do Campeonato Paranaense do ano passado. Na zaga do Atlético o atleta Erwin, cabelos loiros, origem polonesa ou alemã, provavelmente. A cada intervenção do zagueiro, torcedores vindos de Paranaguá o insultavam de ‘rato branco’.

Não tenho conhecimento que alguma voz jornalística se levantasse em defesa do atleta. Ele próprio parece ter dado ao fato a bagatela importância que caso desta natureza merece.

Vejam a discrepância. A um, o xingamento de ‘macaco’ ganha manchetes, repercussão e repulsa nacional da imprensa.

A outro, a imprecação de ‘rato branco’ é recepcionada como fato normal, inofensivo, manifestação de cultura popular.

Na hierarquia dos insultos o epíteto de ‘macaco’ é (deveria ser) imensuravelmente menos grave que o de ‘rato branco’.

Afinal, aceita como verdade científica a teoria da Origem e Evolução das Espécies, temos que o avô de nós todos (negros, brancos, amarelos, vermelhos) é um macaco – malgrado alguns teimem crer em Adão, Eva e outros folclores bíblicos).

Já rato é roedor repulsivo, habita esgotos, transmissor ao ser humano de doenças fatais múltiplas como a peste bubônica, leptospirose, hantavirose, raiva… sua pulga transmite o tifo exantematico, tifo murino… e por aí vai, sendo o rato branco (rato albino) dotado ainda de um gene recessivo que o torna branco.

Porém, para esses zelosos senhores da imprensa esportiva, ‘macaco’ dirigido ao afro descendente é crime racial; ‘rato branco’ dirigido ao alourado é CULT, é manifestação de cultura popular.



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