Análise do jogo: Boa antevisão, mas expulsão prejudicou
A organização tática e o padrão de jogo propostos pelos 11 titulares do Atlético foram bem planejados por Miguel Portugal. Porém após a expulsão de Dráusio, o técnico do Furacão não conseguiu remontar a equipe e manter ela competitiva até o fim da partida. Após ficar com um jogadores a menos, os comandados de Portugal sofreram o segundo e o terceiro gols, e terminaram com a derrota por 3 x 2. Para o início desta partida, o Atlético começou no 4-4-2 em linha e o Cruzeiro no 4-2-3-1.
Atlético no 4-4-2 em linha e o Cruzeiro no 4-2-3-1 [foto: divulgação]
Depois de dois jogos atuando no 4-3-1-2, Miguel Portugal fez o time voltar a iniciar no 4-4-2 em linha. Pois neste esquema tático, Marcelo e Éderson conseguiriam recompor defensivamente para marcar os dois volantes do Cruzeiro. Já que são através destes que o time mineiro realiza as suas saídas de bola. Mas mesmo com esta marcação desenvolvida, Souza e Nilton conseguiram ser os jogadores da Raposa que mais realizaram passes (86 e 70 respectivamente). Este recuo serviu para diminuir as quantidades de vezes que estes volantes recebiam a bola e, também, para iniciar os contra-ataques rubro-negros. Pois frequentemente ou Souza ou Nilton subia ao ataque, e abria-se um espaço livre ou para Marcelo ou para Éderson.
Com o Furacão iniciando a sua marcação próximo do meio de campo, se defendendo com duas linhas de quatro e o time todo compactado entre a intermediária defensiva e o meio de campo, o Cruzeiro só finalizou sete vezes no primeiro tempo. Destes setes arremates, um deles se tornou gol. Já o Atlético finalizou quatro vezes e dois deles resultaram em gol. Gols de Marcelo e Éderson.
Imagem de Marcelo e Éderson iniciando a marcação no meio de campo [foto: divulgação]
Para o segundo tempo e com expulsão de Dráusio, aos 2 da segunda etapa, Miguel Portugal manteve a postura em campo. Porém com um jogador a menos, o Atlético passou a atuar no 4-4-1 em linha. Como o padrão de jogo ainda era manter a compactação e explorar os contra-ataques iniciados nas costas dos volantes cruzeirenses, Marcelo se tornou a única referência no ataque e Douglas Coutinho entrou no lugar de Éderson. Coutinho passou a atuar aberto pela esquerda e pelo meio de campo.
As duas linhas de quatro se mantiveram no segundo tempo [foto: divulgação]
Já o Cruzeiro, desde o intervalo passou a colocar mais jogadores ofensivos em campo. No intervalo, Dagoberto entrou no lugar do lateral-esquerda Egídio. Após a expulsão de Drásio e a entrada de Douglas Coutinho, o meia Allison e o atacante Marcelo Moreno entraram nos lugares de Luan e Tinga. Com estas três substituições, o time de Minas passou a jogar no 4-2-4 e a empurrar o Furacão em seu campo de defesa. Já que nem os contra-ataques rubro-negros conseguiam sair mais.
Aos 25 e aos 37 da segunda etapa, Souza e Marcelo Moreno realizaram os gols da virada cruzeirense. E mesmo com o placar adversário, Miguel Portugal fez o seu time manter o posicionamento tático em busca de contra-ataques.
Atlético no 4-4-1 em linha e o Cruzeiro no 4-2-4 [foto: divulgação]