Análise do jogo: Sem equilíbrio, o Atlético perdeu mais uma
Diante do móvel sistema ofensivo colorado, o Atlético não resistiu à pressão e perdeu mais uma no campeonato. Já é a segunda derrota de virada que o Furacão sofreu nos últimos dois jogos. Jogos nos quais o sistema defensivo rubro-negro esteve organizado, mas que após uma perda de uma da suas peças, ele deixou de render o que estava produzindo até então. Para o início desta partida contra o Internacional, o Atlético começou no 4-4-2 em linha e o Colorado no 4-1-4-1:
Atlético no 4-4-2 em linha e o Internacional no 4-1-4-1
Assim como no duelo contra o Cruzeiro (03), o Atlético começou a marcar próximo do meio de campo, com o time compactado entre a intermediária ofensivo e o meio do campo e, por fim, as linhas dos três setores estiveram próximas. Porém diferentemente do último jogo, Marcelo e Éderson, frequentemente, não compactaram com o restante do time em situação defensiva. Deste modo, o início dos contra-ataques ficou mais lento. Com esta maior lentidão e com o time do Internacional pressionando desde a saída de bola rubro-negra, o Colorado foi quem realizou mais situações ofensivas no primeiro tempo.
Flagrante do time todo compactado, inclusive os atacantes. Desta maneira, os contra-ataques rubro-negros foram facilitados.
Na primeira etapa, o Internacional teve grande intensidade de marcação com todos os seus jogadores, buscou a compactação em campo ofensivo, manteve maior índice de porcentagem com a bola (66% x 34%) e atacou com os dois laterais simultaneamente. Esse ataque simultâneo dos laterais aconteceu graças ao recuo entre os zagueiros que o volante Willians fazia. Como o Furacão não atuou com um meia central, o alinhamento de Willians entre Juan e Paulão foi possível e, ainda, liberou os dois laterais das situações defensivas.
Como Willians recuou entre os zagueiros, qualquer buscada de bola dos ataques fora do alcance dos defensores colorados criava quebra da marcação defensiva colorada. Assim como foi explicado anteriormente com a compactação de Marcelo e Éderson com o time em situação ofensiva, ou até mesmo uma compactação de qualquer um destes atacantes. Da mesma maneira que o flagrante a seguir mostrará:
A compactação de Marcelo com o restante da equipe fez este atacante ser um dos destaques do Atlético no jogo.
A imagem anterior mostrou o local do campo onde Marcelo, livre da marcação de Willians, iniciava os contra-ataques rubro-negros. Como este atacante realizou tantas vezes este movimento de recuo, ele se tornou a principal válvula de escape do Atlético. Por isso que quando Marcelo teve que sair, aos 12 do segundo tempo, o sistema ofensivo do Furacão teve uma enorme queda de rendimento. Marcelo era o único que recuava para facilitar o início dos contra-ataques.
Regiões de calor representando onde Marcelo tocou na bola em jogo e indicando onde ele iniciou os contra-ataques do Furacão.
Apesar do gol de Marcos Guilherme, aos 6 da segunda etapa, o Internacional conseguiu fez o gol do empate, aos 9, e virou, aos 21 do segundo tempo. Com a desvantagem no placar, Miguel Ángel Portugal colocou Felipe e Bruno Mendes nos lugares de Otávio e Éderson, respectivamente. Porém como o esquema tático não mudou e a compactação dos atacantes com o restante do time em situação defensiva passou a acontecer menos ainda, o Atlético não conseguiu sair de Porto Alegre com sequer um ponto.
Fim de jogo: Atlético no 4-4-2 em linha e Internacional no 4-1-4-1.