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17 jul 2014 - 14h34

Brasil, mostra a sua cara

Sei que o espaço é rubro negro , mas o futebol brasileiro a qual nosso amado CAP está inserido, vive dias de penúria e incertezas. Tenho lido constantemente sobre o sucessor de Felipe Scolari, nas redes sociais, admite-se técnico estrangeiro e os preferidos são o espanhol Guardiola e o português Mourinho, dos brasileiros o Tite é a preferência nacional, seguido do Muricy, Alexandre Gallo (opção interina da CBF) e outros menos cotados, mas no grupo do meio da corrida, que são: Zico, Leonardo, Ney Franco e Mano Menezes. E não esquecendo que já foi rejeitado o convite pelo argentino Sabella e o chileno Pellegrini.

Este é o cenário atual da tentativa de renovação da CBF para apagar o vexame em campo na Copa. E cabe a pergunta. Quem tem que mudar? Na minha humilde opinião é a CBF, onde há anos clãs de dirigentes astutos vêm se beneficiando dos lucros oriundos do futebol brasileiro e não falo de somente lucros financeiros, mas lucros de imagem pessoal.

Olhem em nossa volta e vejam a “eleição” realizada para sucessão de Marin! Que venceu e pelo visto sem oposição o pupilo do atual Presidente, cujo vice também da futura Presidência é cartola há décadas. E para ilustrar. Os cartolas de todas as Confederações Brasileiras de Futebol, são mandatários de suas entidades há décadas, inclusive tem um que já faz quarenta anos que está à frente de uma destas Confederações se não estou enganado é a de Roraima, e me digam. Lá tem futebol?E o da FPF há pelo menos doze anos.

Veja como está o nosso futebol. Corroído e corrompido em sua essência que seria a formação de novas gerações de jogadores, projetos que dariam aos clubes sustentabilidade financeira e de material humano, campeonatos competitivos, técnicos atualizados e qualificados e estrutura para manter está máquina gigantesca funcionado de forma ordenada e correta. Mas a sandálhas da humildade passa longe e o toma lá da cá é a moeda de troca. E resultou nos 7×1 dos alemães e 3×0 dos holandeses, a vitória com os calções nas mãos contra os chilenos e colômbianos e um penalti mal marcado que nos favoreceu contra os croatas, fora o baile que tomamos dos mexicanos e o nevosismo contra os camaroneses.

E como se deve mudar o mal pela raiz, então que seja uma mudança profunda e corretiva, que seja a começar pelos dirigentes da CBF, passando pelas renovações dos dirigentes das Confederações e por fim dos clubes. E neste último cabe um apontamento. Não estou falando da continuidade ou não do MCP a frente do CAP, e sim de dirigentes que ao invés de lutar por um futebol profissional se vendem ou se voluntariam a ser dirigentes ou colaboradores dos futuros cartolas mor da CBF. Quanto ao MCP apesar de minhas divergências tenho que admitir que segue o caminho da escola alemã, sem muita conversa e muito trabalho. Se da certo ou errado, é resultado de decisões correta ou incorretas, mas isso é uma outra história e não que ficar divagando sobre o CAP, afinal eu acredito que estamos indo agora pelo caminho certo.

E quero um futebol profissional e para mim a ficha caiu quando caiu os cem anos de história do futebol brasileira nas semifinais da Copa. Brasil mostre sua cara, mas que seja para dizer que está com vergonha do que vez em campo.



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