A categoria de base começa a dar excelentes resultados para o Atlético. A formação dos jogadores está visivelmente boa do ponto de vista físico. A inserção das promessas no time principal com estágio no Paranaense também parece ser uma excelente ferramenta para o preparo psicológico dos atletas, além de evitar a ‘queima’ precoce de talentos por pressão da torcida. Aqui vale uma comparação entre Marcelo e Douglas Coutinho. Marcelo foi lançado jovem no time principal e apesar de toda a habilidade que hoje reconhecemos, suas primeiras participações não foram empolgantes e o jovem foi queimado. O jogador dito como grande promessa da base não correspondia às expectativas criadas. Poderia ser mais um craque jogado fora, ainda bem que não foi. Após algum tempo emprestado, o jogador voltou preparado para protagonizar o ataque e ser um dos melhores pontas do futebol brasileiro. Douglas Coutinho, por sua vez, contou com o estágio do Paranaense, se habituou aos jogos profissionais e sentiu o apoio da torcida num ambiente de maior tolerância. Sua ascensão ao time principal ocorreu naturalmente, a torcida já sabia do seu valor e ele já estava preparado para corresponder. O exemplo desses dois jogadores me deixa muito esperançoso dos frutos que ainda podemos colher com essa estratégia de inserção dos atletas na equipe profissional. Acredito que a formação de atletas é a melhor solução num cenário de supervalorização de jogadores. Além disso, é muito mais fácil implantar novos métodos de jogo em jogadores novos do que refazer a cabeça dos antigos.