Compartilho com vocês algumas reflexões atleticanas:

Estádio Vazio – graças aos acéfalos que protagonizaram a vergonhosa briga em Joinville o Atlético passa por este perrengue de jogar longe de casa ou sem torcida e todos nós atleticanos, mesmo os que não odeiam os vascaínos e nem querem quebrar a cabeça de ninguém, estamos afastados do nosso time. Mas como até bosta pode ser adubo, acho que jogar com o estádio vazio não é assim tão ruim. Primeiro porque técnico e jogadores poderão conversar durante estes quatro jogos e isso vai aprimorar o posicionamento e entrosamento do time. Segundo porque se nossa torcida, ácida como anda nos últimos anos, tivesse visto a partida contra o Criciúma na Baixada, com certeza teria vaiado os dois zagueiros no primeiro tempo e talvez eles não tivessem tido a tranquilidade para melhorar no segundo.

Zagueiros – todo atleticano sabe que se for pra contratar alguém, tem que ser um zagueiro. Porém, todo atleticano também sabe que gastamos muito com estádio e longe de casa e que não há dinheiro para contratar. Temos dois garotos na zaga, o Cleberson, que quando jogou ao lado do Manoel fez excelentes partidas e que depois de ficar um ano na geladeira voltou sem o mesmo tempo de bola. Eu gosto dele e dou voto de confiança, acho que é um jogador que merece jogar no Atlético e que com o tempo vai voltar a jogar bem. O problema é o segundo zagueiro. O Léo Pereira é um excelente zagueiro da base, mas ainda é um garoto, não está preparado para ser titular. Bizarro ver ele esmurrando os braços do adversário dentro da área em uma cobrança de escanteio ou tentando simular falta no gol do Flamengo. O Atlético está tendo que apressar a formação do atleta por falta de opções. Então eu prevejo dois cenários possíveis para as próximas sete rodadas: ou o Leo Pereira aproveita esses jogos com estádio vazio (ou seja, sem vaias) encontra equilíbrio e desabrocha na marra como um jogador profissional, ou o Doriva vai ter que procurar outro para a posição.

Temos o Dráusio, que na teoria era o natural dono da posição e que é um zagueiro jovem, não mais que regular, estilo Durval, ou temos jogadores que talvez possam mudar de posição para ajudar na zaga. Uma dessas opções é o Paulinho Dias, que aparentemente parece esperto o suficiente para quebrar o galho e outra é o William Rocha. Entre estes dois eu acredito mais no Willian na zaga. É um jogador alto, rápido, que tem alguma habilidade na saída de bola, e que era zagueiro antes de virar lateral-esquerdo. Fica a dica aí, Doriva!

E vamos lá rubro-negro, porque o campeonato está bom demais e nosso time formador de talentos ainda nos dará muitas alegrias, se não neste, nos próximos anos.