Sob o pretexto de alavancar recursos extras ao caixa do Clube, impulsionando-o em receitas que dali para frente somado ao associativismo nos colocaria em estado de “time comprador de atletas” e não mais o papel secundário de “produtor”, o erguimento da Arena da Baixada em 1999 quando de sua primeira concepção, além do conforto e modernidade, era para ser um Centro de eventos e espaço multiuso inclusive com sistema independente de energia para os casos de queda da mesma.

Ergueu-se a mais moderna instalação para jogos de futebol de nosso país, da América Latina e dos países “subdesenvolvidos” em instalações deste porte no Planeta, tenham certeza.
Abaixo, foram colocados o velho Ginásio de Esportes e o antigo Estádio “remendado” várias vezes.
Era o início de uma nova era no Clube que se propunha à ser Campeão brasileiro no prazo de 10 anos e ter equipes disputando TODOS OS TÍTULOS que disputasse.

Uma pequena parte do Estádio não pode ser concluída e mesmo assim o Estádio fascinou todos que por ali passaram.

Tudo isto capitaneado por um empreendedor e diversos homens visionários que compunham a Diretoria de então, todos apaixonados pelo Clube Atlético Paranaense.

De tudo que foi objetivado, em apenas 3 anos já conquistava-se um título Nacional inédito, apesar de haver um trabalho de olheiros e de formação o time foi “catado” país afora e o técnico “achado” na Segunda divisão, ninguém esperava muito e de repente São Paulo, Fluminense, São Caetano e o Brasil conheceram seu único e verdadeiro Furacão.

Na sequência,“um racha” nos pares de Diretoria e um sonho coletivo ganha contornos pessoais.
No futebol um vice em outro brasileiro e em uma Libertadores, também sem lá muitas pretensões (Convenhamos com Levir Culpi, Antonio Lopes e os Limas da vida é não ter pretensão).

As novas Diretorias compostas por alguns remanescentes da antiga com os discursos vencidos de que, para ter time precisava aumentar o número de sócios apagava o cenário da construção de nosso templo remetendo ao torcedor a culpa de equipes pífias e continuaram achando times, times e obras que levantariam novos e mais recursos, agora, era a reforma do Centro de Treinamento elevando-o ao posto de “mais moderno do país e que traria dezenas de centenas de equipes dos cinco continentes porém, fechando parcerias com meia dúzia de chineses e norte americanos que não honrariam minimamente a folha de pagamento do futebol profissional.

Naming Rights, era a KYOCERA ARENA. Agora vai.

Marketing, marketing, marketing porém TIME? NADA!

Compra-se o espaço que faltava, começa-se a concluir um ícone das construções esportivas do país porém,…mais uma vez…Esqueceram que NOSSO NEGÓCIO É FUTEBOL.

Passam-se anos e a Copa do Mundo é a nova oportunidade de…????

Construirmos um novo Estádio para aí sim sermos “o time de futebol do novo século” e a concepção é; além do conforto e modernidade, ser um Centro de eventos e espaço multiuso inclusive com sistema independente de energia para os casos de queda da mesma, sob o pretexto de alavancar recursos extras ao caixa do Clube, impulsionando-o em receitas que de agora em diante somado ao associativismo nos colocará em estado de “time comprador de atletas” e não mais o papel secundário de “produtor”. A meta é ser campeão do Mundo em 10 anos.
Mas “peraí”, temos que construir a Areninha.

E começa tudo de novo.

Para alguns posso estar sendo crítico, porém percebam são os fatos que dão base a esta breve análise, não opinião pessoal, fui a favor da Copa, desta Nova Arena e creio que salvo melhor juízo temos Atleticanos na atual gestão que merecem respeito e consideração no mínimo, mais uma vez, pela ousadia…Crescemos muito más o tempo urge de retomarmos NOSSA PAIXÃO, O FUTEBOL, O TIME DE FUTEBOL.

Bem contados, já são 19 anos de obras.

Talvez, uma releitura de nossos passos.

Chega de construir, a Areninha pode esperar, vamos ter um time, vários times, desenvolver a cultura de ter fortes e bons times QUE É O NOSSO NEGÓCIO e tendo sucesso no NOSSO NEGÓCIO avançaremos ainda mais em receitas, com sócios e não sócios, empresas, televisão etc…etc…etc, passaremos facilmente com a estrutura que já temos, um Atlético Mineiro ou Cruzeiro entre outros e com os dirigentes que possuímos em nossos quadros,… São Paulo, Corinthians e Flamengos da vida deverão ser revistos integralmente atabalhoados com um Furacão não só de tijolos más também de carne e osso.

Caso contrário, corre-se o risco a luz de uma experiência já vivida e de jogos como temos assistido nos últimos 9 anos (É NOVE ANOS), de que …“A Nova Arena, vire um filme já visto”.
E isto cansa, um dia cansa.