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25 ago 2014 - 10h00

Futebol de doer

Já vi variadas formações de jogadores do Atlético praticando um futebol ultrapassado e pedindo para perder.

O mais comum foram jogos em que conseguiu realizar gol abrindo o placar e recuando…recuando…até ceder o meio campo e agrupar o time todo atrás da linha intermediária de defesa, até ceder o empate ou, pior, levar uma virada.

O problema é que após entregar de bandeja para o adversário, sofre para retomar a vantagem. São vários jogos que coisa de 2 ou 3 minutos após o gol, o Atlético entrega um empate.

O pior de tudo é que o vício é cíclico, todo ano parece reprise da tática do ano anterior, e de nada adianta mudar o treinador, o mesmo filme já se repetiu com pelo menos os 9 últimos treinadores…ou mais, se contar direitinho! Estou falando de 2007 prá cá!

A postura dos jogadores é igual e parece reflexo condicionado…fazem o gol e recuam em retranca para tentar segurar o placar.

Outro sistema terrível é a falta de triangulação para armação de jogada entre a saída defensiva e o ataque. Tem jogador que se esconde atrás do adversário para não receber a bola.

O futebol mais atualizado taticamente mudou vários conceitos. Entre eles a desnecessidade de um centroavante de referência, função que pode ser realizada por qualquer jogador do meio de campo.

Condenado ficou o tal do ala e por um simples motivo, também qualquer outro jogador do meio de campo pode realizar a função.

O tal ala tinha que sair da zaga – deixando um buraco na linha defensiva – e correr até a linha de fundo para tentar um lançamento na área. Então eram 100 metros para ir e 100 metros para voltar no gás. O problema é que 4 piques desses matavam o jogador. Foi o que aconteceu com Cafú em 2006, que ficava esperando o ônibus para voltar para linha defensiva, deixando um buraco no setor.

Jogadores que compõem o meio de campo podem realizar a função, bastando realizar piques de 30 ou 40 metros, tendo opção de revezar para não se acabarem no jogo.

Outro sistema são as distâncias entre as linhas de defesa e ataque, normalmente sendo praticado entre 50 e 70 metros entre as duas linhas. A compactação das linhas entre 25 e 35 metros, permitem aos jogadores pequenos tiros de curta distância em alta intensidade, com muito menos desgaste que nos jogos praticados com a linha de ataque mais adiantada.

Então, não basta mais praticar um futebol arcaico com funções estruturadas em jogadores de ‘ataque’ e ‘defesa’, onde os atacantes não se dignam a correr a apoiar o sistema defensivo.

O sistema defensivo deve praticar uma função especializada para desarme e apoio, mas todo o time deve atuar nesse sentido. Com o encurtamento das linhas é possível o apoio melhor de todo o time na busca da recuperação de bola.

O tal ala, foi implantado no Brasil por Cláudio Coutinho em 1978 – com o tal overlaping -, invertendo o lateral com o ponteiro. Nunca deu muito certo!

O atacante de referência com um meio de campo defensivo – stopper e meias de contenção – foi cópia do time italiano de 1982, que deu um sacode na seleção Brasileira, que jogava com um sistema de atacantes especialistas que não apoiavam na defesa – Zico é um grande exemplo, fazendo linha com Serginho ‘chulapa’ -. E a partir de 1990 o futebol brasileiro começou a ficar ‘feio’, carente de um ou dois fora de séries para resolver o negócio.

As táticas de futebol são renovadas com o passar dos anos, a Holanda inovou em 1974 e encaçapou uma seleção que estava vivendo de passado e camisa.

Nossos garotos do Atlético e a equipe técnica tem que coragem e inovar. Seja na mentalidade da prática do futebol, seja em novos conceitos da prática de uma excelente biodinâmica esportivas, para tentar extrair o melhor desempenho de todos os atletas. O futebol é coletivo.

Não é impossível e é o nosso caminho para superação!



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