Parafraseando Rui Barbosa e adaptando a sua frase ao futebol atleticano, a derrota não nos deixa abaixo dos nossos oponentes depois de muita luta, mas ela se torna vergonhosa se deixar de lutar até à última gota de suar. E foi bem isso que se viu diante do Bahia, um time apático e bem longe de ser o “Furacão” como foi denominado há algumas décadas atrás.

Mas em tudo se tem um fator positivo e negativo. O que se tornou um fator positivo depois da Era Miguel Portugal, foi a interinidade de Leandro Ávila que até a presente data, obteve o melhor índice entre os comandantes rubro negros neste ano. E o negativo, foi o seu afastamento e a contratação de Doriva, sendo que o Doriva para mim tem meia culpa nesta história, pois sempre acreditei que os culpados não são os contratados e sim os que os contrataram sem um devido critério.

Quando Leandro foi retornado a suplente, ele deixou o CAP nas portas do G4. Doriva nos primeiros dois jogos nos colocou como vice deste campeonato, mas isso já era o reflexo do bom trabalho de Leandro, depois de aproximadamente oito rodadas, Doriva não conseguiu manter um padrão aceitável e as mazelas do grupo começaram a florir novamente. Não que elas não existissem no tempo de Leandro, a diferença é que Leandro consciente ou não sabia delas e soube montar um esquema que beneficiava o grupo e não expunha a individualidade de cada jogador, não havia bom ou ruim jogador, pois cada um jogava por si e pelos outros, assim Leandro formou um grupo que apesar de jovem e contestado, estava conseguindo pontuar, o Doriva tentou sem sucesso colocar o seu modo de ver o jogo, talvez porque veio do campeonato paulista e de uma equipe que se não conhecida, talvez tarimba, pois eu não a conhecia detalhadamente. E acredito que isso foi o seu erro. Não soube diferenciar uma da outra equipe e acabou sem culpa colocando o CAP momentaneamente distante do G4

Mas também não acho o Leandro o salvador da pátria e sim um técnico que conhece muito bem o material que tem como também a estrutura do clube e seus mandatários. E baseado nisso ele faz o possível e o impossível como vez anteriormente, tirar ‘água de pedra’.

Só não podemos é colocar toda a responsabilidade neste instante nos ombros de Leandro Ávila, que para mim, já está preparado para assumir o CAP e não ser mais considerado “interino”, trabalho e competência ele já demonstrou, e agora é só deixar trabalhar, e quem sabe com alguns reforços pontuais, pois é preciso arrumar está zaga, como também os volantes e ajustar o resto da equipe no famoso esquema tático “Feijão com arroz”.

E assim eu desejo boa sorte para este recomeço de Leandro Ávila e a Doriva também, pois o culpado não é somente ele, mas quem o contratou e mais alguns jogadores que ultimamente estão devendo uma boa apresentação.