26 ago 2014 - 7h55

Uma queda anunciada

A insistência com jogadores que não rendiam o esperado, a aposta numa formação bem ofensiva, mas sem jogadas no meio-campo e um elenco fraco, sem peças de reposição, foram algumas das causas da demissão do técnico Doriva para colunistas e colaboradores da Furacao.com.

Um dia após o anúncio da queda do comandante, nosso time de colaboradores analisa os prós e contras do trabalho do técnico, que comandou o Atlético em apenas oito partidas, com três vitórias, dois empates e três derrotas – aproveitamento de 45,83%. Sob seu comando, o time marcou 8 gols e sofreu 10. Confira a opinião dos colaboradores do site:

“O técnico Doriva saiu do Ituano, mas o Ituano, infelizmente, não saiu do Doriva. Pensando ainda trabalhar no campeão paulista de 2014, o ex-técnico do Furacão não conseguiu implantar seu método de trabalho por alguns motivos, entre eles podemos citar três. A teimosia em manter três atacantes e três volantes, sendo que o time não tinha nenhum meia de ligação para conduzir a bola ao ataque. O fraco material humano que possuía em mãos, que com o técnico interino Leandro Ávila vinha jogando bem dentro das suas limitações. E por fim o fato do time não possuir nenhuma jogada treinada, ou seja, vivendo de chutões para quem sabe os atacantes resolvessem a situação.A passagem de Doriva no Rubro-Negro foi um equívoco tão grande que nem mesmo a diretoria do clube pode explicar.” – Silvio Toaldo Junior, colunista da Furacao.com

“Doriva foi uma aposta válida. Jovem promissor e vindo de uma escola de futebol técnico, vinha credenciado pela recente conquista do Paulistão. Entretanto errou muito, foi teimoso com situações as quais o erro era claro (excesso de atacantes, falta de criatividade no meio e pouco apoio dos dois laterais) e mostrou que seguimos extremamente atrasados no Brasil, tendo mesmo os técnicos mais jovens, os erros e vícios dos mais antigos.” – Juarez Villela Filho, colunista da Furacao.com

“Doriva foi refém do elenco e de sua crença num esquema tático que não vingou. Sem contar com um zagueiro mediano, sofreu com Cleberson, Léo Pereira e Dráusio. Sem poder escalar Nathan – até que o contrato da revelação seja renovado – a criação de seu time pereceu com o apenas esforçado Bady. Quanto à teimosia, insistir em Marcos Guilherme como marcador do lateral-direita do adversário não foi uma boa opção. O descaso com o artilheiro Douglas Coutinho e a apatia de Marcelo também contribuíram para sua saída.” – Maurício do Vale, colaborador da Furacao.com

“Doriva pecou por não saber substituir. Mesmo nas partidas em que a equipe começou bem, quando o treinador fez o uso das substituições o time caiu de rendimento. O técnico não mantinha o seu sistema de jogo nas substituições, apostava em jogadores lentos contra equipes lentas, deixou seu artilheiro no banco e deixava a armação para os volantes. Há, também, de se ressaltar que o nosso elenco é fraco e carece de, no mínimo, mais dois jogadores para fazermos uma campanha segura. Mas é mais fácil demitir o treinador, e culpá-lo por tudo, do que contratar para as posições carentes.” – Danillo Ribeiro, colaborador da Furacao.com

“Os princípios táticos de Doriva eram, o que se pode dizer atualmente, de modernos: a equipe se defendia compactada, realizava as transições rapidamente e atacava em bloco. Porém, para que tudo isso realmente funcionasse, os jogadores deveriam estar em posições e funções nos quais eles entendessem e conseguissem realizá-las. O rendimento da equipe no comando de Doriva foi se perdendo nesses dois últimos aspectos: jogadores não sabiam o que fazer na posição pedida e, muito menos, se movimentar corretamente nas ações do jogo. E mesmo vendo que os jogadores não estavam conseguindo fazer o que foi pedido, Doriva insistiu em vários deles nas suas oito partidas no Atlético.” – Caio Gondo, colaborador da Furacao.com

“A demissão de Doriva era inevitável por duas razões: o rendimento da equipe e as escolhas completamente equivocadas do treinador. Do seu início no clube à partida contra o Bahia, a equipe parece que regrediu taticamente, somado a isso, a manutenção da péssima dupla de zaga, a incompreensível titularidade de Bady e a renúncia ao principal atacante da equipe, foram fatores que levaram a sua queda.” – Rodrigo Abud, colunista da Furacao.com



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