O torcedor atleticano com certeza terá na lembrança jogos memoráveis no nosso caldeirão para recordar, como por exemplo o primeiro jogo da final do Brasileiro de 2001, o 2×1 no Flamengo na campanha do Brasileiro de 2004, o primeiro jogo da semi da Libertadores quando após a vitória a final já era esperada.

Contudo, o jogo mais memorável que me vem a cabeça é o ATLEtiba do Brasileiro de 1996.

Naquela época, ainda adolescente, tinha o hábito de ir muito cedo para o estádio, pois não aguentava ficar em casa.

Eu e alguns amigos rumamos para a baixada naquele domingo por volta das 10h da manhã e lá chegando fomos para a sede da torcida acompanhar os preparativos para a festa.

Por volta das 14h, após um belo marmitex entramos no estádio e nos dirigimos para a tubular do gol da Petit Carneiro onde ficava a Fanáticos e logo ao lado, ficou a torcida dos coxinhas.

O jogo foi tenso, Oséas e Paulo Rink tentavam de todas as formas o gol. Oséas em uma tarde pouco inspirada chegava a tropeçar na bola para o delírio da torcida visitante que bradava seu nome toda vez que pegava na bola e errava.

A torcida não arredou o pé e ficou até o último minuto incentivando o time e justamente neste último minuto que o predestinado Oséas balançou as redes e não só as redes como o coração de todos os atleticanos ali presentes.

De um lado o artilheiro e do outro o ídolo Ricardo Pinto escalaram o alambrado e vieram festejar com a massa que ensandecida fez ecoar nos quatro cantos da cidade o grito de OSÉAS, OSÉAS, OSÉAS!!!

Aos coxinhas só restou a triste e ir para casa enquanto a festa rolava solta na baixa para muitos minutos após o apito final.

Resultado, dois dias completamente se voz, uma alegria incomensurável e uma lembrança inesquecível.