Afinal: qual é a prioridade?
Há poucas semanas, por ocasião da copa do mundo, postei um texto, onde criticava veementemente o gasto de dezenas de milhões de reais na construção de estádios em Brasília, Mato Grosso, e Amazonas, um verdadeiro desperdício de dinheiro público, que poderia ter sido aplicado em obras muito mais úteis e importantes.
Em resposta a uma contestação do Munemitsu, proferi as seguintes palavras…”’ Na minha ótica, a prioridade absoluta de um governo, deverá ser o seu povo. Educação, saúde e segurança, são infinitamente mais necessárias, do que estádios gigantescos, em localidades que nem futebol tem.”’
Da mesma forma, entendo que a prioridade absoluta da presidência, e de toda a diretoria de um clube, é a sua torcida, e principalmente o seu quadro associativo, que contribui mensalmente para auxiliar a entidade com as suas despesas.
O bem-estar, a satisfação e o orgulho de ser torcedor daquela equipe, deve ser o principal objetivo de uma administração.
No nosso querido Clube Atlético Paranaense, as coisas se tornaram totalmente diferentes. O nosso glorioso presidente, sob o olhar complacente da diretoria, dos conselheiros e da própria torcida, simplesmente se adonou do clube, faz uma gestão ditatorial, ignorando inteiramente os anseios da imensa massa de aficionados.
Administra, como se fosse uma empresa de sua propriedade, desprezando inteiramente aquilo que pensam milhares de torcedores e associados.
Permite-se ao desplante, de tomar decisões esdrúxulas, e até certo ponto grotescas como o desmanche da bela equipe do ano passado, contratação de treinadores e atletas inúteis (vide Portugal e Adriano) que só serviram para onerar a folha de pagamento.
Acha-se com o direito de hostilizar a imprensa que, se bem tratada, poderia ser nossa aliada…enfim, são tantos os equívocos, que se formos enumerá-los, este artigo levaria um dia inteiro para ser lido.
O resultado está começando a aparecer…existem rumores (ninguém sabe a verdade, porque as noticias exatas não podem ser divulgadas pela imprensa livre) que o clube está totalmente endividado, razão pela qual não se contrata nenhum jogador experiente e qualificado, além é claro, de um treinador e uma comissão técnica também qualificada.
Comete-se ainda a malvadeza de jogar às feras, um grupo de meninos inexperientes e imaturos, imputando a eles a responsabilidade de disputar e honrar as tradições do clube, num dos campeonatos mais acirrados do planeta.
Este não é o nosso Atlético…o nosso glorioso rubro-negro, fundado há mais de 80 anos, que os mais antigos,—eu inclusive—aprendemos a amar e respeitar. Sempre tivemos presidentes que interagiam com os torcedores e a imprensa. Simpaticamente concediam entrevistas bem humoradas e esclarecedoras….e principalmente respeitosas!
Não faz parte da nossa índole, lidar com ditadores!