Bianchi, fique com Deus
Bianchi chega ao Atlético no ano de 1981 vindo do Santos e junto com ele vieram do Cruzeiro Pedro Paulo e Gilson, do Juventus Jair Gonçalves e o técnico Milton Buzetto. O elenco do Atlético estava disperso, pois em 1981 o clube se recusou a disputar a Taça de Bronze e emprestou seus principais jogadores ( Roberto, Arlindo, Augusto, Didi e Nivaldo) e treinando na Baixada tinham apenas 12 jogadores, Bianchi leva um susto mas mesmo assim continua no clube. Os jogadores retornam e no decorrer do primeiro turno chegam para o Furacão Lino do Flamengo e Almir do Fluminense. Bianchi era o volante nesta ano e a zaga era formada pelo Jair Gonçalves e Pedro Paulo. No meio campo com Lino, Sarandi, Flavinho e Nivaldo, Bianchi viveu grandes momentos, o melhor talvez seja a estreia de Lino que foi num ATLEtiba, Lino entrou no decorrer do jogo e deu o passe para Gilson marcar o seu gol no boliviano Jimenez, o Atlético neste dia estava de branco e escalado assim ; Roberto, Augusto, Pedro Paulo, Jair Gonçalves e Zé Mario; Bianchi, Sarandi ( Lino),Nivaldo ; Flavinho ( Gilson), Arlindo e Almir. Bianchi não foi campeão em 1981, pois Lino se machuca em Londrina, demora em retornar e uma lambança na FPF dá os pontos ao Operário que estava com um jogador irregular.
Chega a Taça de prata de 1982 e Bianchi continua como volante, o Furacão sobe no mesmo ano para a Taça de Ouro e Bianchi estava presente em dois jogos inesquecíveis, contra o Campo Grande na vitória de 2×1 onde o juiz Dulcídio Vanderlei Boschila sentiu se mal na partida, interrompeu o jogo e saiu correndo em disparada para o banheiro, estava tão desesperado que errou o caminho do vestiário. Alguns minutos depois voltou e no intervalo cavalheirescamente pediu desculpas a torcida. Neste dia o Furacão foi de Clemata, Augusto, Jair Gonçalves, Oliveira e Dionísio; Bianchi ( Arlindo), Sarandi ( Jorge Cruz) e Lino; Anselmo, Jorge Nobre e Tadeu , o técnico era Geraldino. O outro jogo foi contra o São Paulo no retorno a elite onde foram registrados mais 60.000 pagantes, mas os portões foram arrombados e um bom numero de torcedores não foi contabilizados.
Então o Atlético se prepara para o estadual de 1982, Pedro Paulo retorna ao Cruzeiro e Jorge Luís vem por indicação de Lino para ser o cabeça de área, foi então que Bianchi vai para a zaga ao lado de Jair Gonçalves e encontra o seu verdadeiro lugar, onde realmente se sentiu bem no Atlético. Aquele time era fantástico, maravilhoso e um pouco imaturo. Na semifinal do primeiro turno, em um jogo conturbado e cheio de catimba por parte dos jogadores do Operário que descia o sarrafo, lá estava Bianchi para baixar a bola do time de Ponta Grossa e dar tranquilidade para que Assis desequilibrasse o jogo fazendo o gol do Fantástico daquele domingo, 2×0 e o primeiro turno. No segundo turno, saia da defasa para peitar Caxias e Paulo Marcos do Colorado e no terceiro antes da consagração final já comemorava o titulo no Pasquale comendo feijoada e zombando de Aladim e Orlando Lelé. Esteve naquela grande final onde o Atlético Super Campeão foi de; Roberto, Ariovaldo, Jair Gonçalves, Bianchi e Sérgio Moura; Jorge Luís (Detti), Lino e Nivaldo, Capitão, Washington e Assis (Ivair). Tec Geraldino.
Bianchi em 1983 vai para o Sport e não retorna mais para a Baixada, que saudades daquele time e que tristeza, em menos de 1 ano tivemos 3 perdas, descanse em paz, Bianchi.