Time de vitrine
Você vai para o centro da capital e passa em frente dessas lojas populares de roupa e geralmente dá uma olhada, nem que não compre nada, mas sempre dá uma olhada. Você sabe que apesar de roupas bonitas, joviais, com cores vibrantes, são vestimentos de pouca qualidade e correm o risco de perderem a cor, estragarem ou encolher na primeira lavagem.
E é assim o time atleticano, uma vitrine a qual quem abastece são os empresários e nosso presidente, colocam peças novas, cheias de gás, porém de qualidade duvidosa e esperam enganar algum comprador atraído não pelo preço mais sim pelo marketing. Enquanto isso o futebol é deixado de lado, o sócio sofredor é desrespeitado, paga caro por um produto inferior ao valor, e nosso presidente provavelmente vai colocar a culpa de um possível rebaixamento em nós, que não nos associamos, que só reclamamos, que não apoiamos o time.
Esquece-se ele que o Atlético vive de futebol, que é muito bom ter um estádio de primeiro mundo, cadeiras confortáveis, telão, teto retrátil, mas aposto que pelo menos 99% dos torcedores trocaria tudo isso por um time vitorioso, com garra, time copeiro. Trocaria o conforto de cadeiras cinzas pelo cimento gelado, o teto retrátil por chuva na cabeça, mas com um time decente em campo.
Hoje temos a pior equipe em termos de futebol apresentado no 2º turno, temos um ataque que não oferece perigo nenhum, cada um fazendo por si. Foram uns três lances no Atletiba que resumem nosso ataque, o gol perdido pela revelação do Brasileiro de 2013 (que esqueceu seu futebol no campeonato passado), o lance em que Coutinho tinha oportunidade de tocar para o próprio Marcelo e para o M. Guilherme e resolveu cortar para o meio e foi travado no chute, e a bola passada para M. Guilherme que ele poderia ter rolado para Marcelo livre na esquerda, mas preferiu bater de chapa e resolver tudo sozinho…
Então, amigos, é cada um por si. É cada roupa da vitrine tentando se impor sobre a outra e querendo enganar algum comprador desavisado.