Vaia é o aplauso do descontente
Caríssimos atleticanos, após o alívio pela vitória contra o Figueirense o assunto do momento é a sonora vaia pela qual foi premiado nosso garoto revelação – Marcos Guilherme.
Muitas vozes se levantaram. Muitas críticas à torcida. Muitas defesas e afirmações categóricas de reprovação.
Ouso afirmar que, na verdade, o destino das vaias não foram ao atleta Marcos Guilherme, mas sim ao que ele tem representado diante de um time reconhecidamente fraco, desprovido de uma mínima qualidade e envergadura técnica e que o exigente atleticano quer e merece.
Os apupos estavam represados desde o momento do fechamento das inscrições para que os times se reforçassem e, no nosso caso, sem qualquer satisfação.
Todos sabiam e sabem que temos carências absurdas e que sem reforços estaríamos fadados a uma disputa feroz contra o rebaixamento.
A intervenção da torcida foi, ao meu ver, um protesto veemente contra o descaso com o futebol atleticano. Mirou no que viu e acertou naquilo que anda escondido.
Infelizmente nosso futuro craque foi o meio pelo qual a grande massa pode desabafar. Jogado aos leões seu futebol sucumbiu, jogo a jogo e sua manutenção em campo não apresentava qualquer justificativa.
Talvez sem as vaias o vacilante treinador optasse pela troca de outro jogador por Dellatorre. Esse seria o caminho natural. É só olhar o histórico anterior.
O jovem e promissor atleta pode ter a certeza de que receberá total apoio da massa atleticana no desenvolvimento da sua carreira, principalmente, se estiver livre de empresários gananciosos e pais irresponsáveis e num time responsavelmente montado.