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23 fev 2015 - 13h30

Atletiba do passado e de ontem

Carlos Maranhão – Revista Placar 19/03/71

Que jogo! Atlético e Coritiba velhos rivais no Paraná movimentaram a cidade durante toda a semana. Vou pedir exame anti doping dizia Hélio Alves supervisor do Atlético. Os diretores do Atlético é que precisam deste exame, respondeu Luís Afonso Camargo, diretor de futebol do Coritiba.

No domingo o estádio estava lotado 30.000 pessoas, recorde de renda e coberto de bandeiras alvi verdes e rubro negras. Começou então um clássico que quem viu só vai esquecer se perder a memória. Os dois times se estudavam e atacavam pouco. A torcida estava quieta, tensa. O Coritiba ataca Lucas cabeceia 1 x0. O Atlético endoida, vai todo para frente, Sicupira sofre um pênalti. Nilson vai cobrar, discute com o Juiz e na hora de cobrar chuta por cima. Não demora muito o mesmo Nilson faz um gol para compensar. Mas estava impedido. O juiz Eraldo Palmerine anula. O Coritiba contra ataca, falha de toda a defesa do Atlético e Passarinho faz 2×0. Partida decidida podia até virar goleada. Engano o Coritiba foi dar olé quando deveria segurar o jogo. Bem no finzinho do primeiro tempo Sicupira se infiltra e consegue diminuir, mais no finzinho ainda, Nilson pega um rebote de fora da área, a bola passa por toda a defesa, gol 2×2. Voltam os times, segundo tempo e nem Mauro e Djalma Santos, os dois técnicos chegam aos seus bancos, Valtinho vai à linha de fundo e chuta fraco. Falha Célio. Atlético 3 x 2. Que jogo! Mauro resolve colocar Paulo Vechio , o grandalhão que tem fama de entrar para decidir em cima da hora. Mas o Atlético não toma conhecimento e faz o quarto. Ainda bem que Paulo Vechio resolveu confirmar a escrita e marcou o terceiro para o Coritiba. Faltam sete minutos para terminar. O Coritiba ataca, a torcida se levanta o gol do Atlético fica vazio por duas vezes e a bola não entra. A torcida enlouquece. O jogo termina e o estádio está em silêncio como se ninguém acreditasse no que via. De repente o estouro dos atleticanos, e os coritibanos apavalhados, não conseguem ao menos enrolar as suas bandeiras.

ATLÉTICO : Rubens, Amauri, Ari, Antoninho e Julio; Lori, Valtinho e Mazolinha ( Zinho); Sicupira, Sergio Lopes e Nilson Borges. Tec Djalma Santos
Coritiba : Célio, Hermes, Nico, Claudio, Nilo; Hidalgo, Lucas ( Paulo Vechio)e Passarinho ;Leocadio, Zé Roberto e Rinaldo. Tec Mauro Ramos de Oliveira

Neste domingo, dia 22/02/2015 tive a sensação de estar no fim dos anos 70, quando nas preliminares dos ATLEtiba no Couto Pereira as partidas eram disputadas por garotos fraldinhas sendo que todos os menininhos faziam parte do grupo do Coritiba. Então eles pegavam os ruins de bola e davam as camisas rubro negras para o Furacãozinho ser goleado e humilhado fazendo com que os atleticanos fossem ridicularizados antes do jogo. Não foi neste domingo, faz tempo que não se ganha um ATLEtiba lá pelas bandas do Alto do Gloria e desde quando foi inventado este sub 23 eu tenho esta sensação antes das partidas, ( dos menininhos goleados,) a cada jogo entre os rivais. Relutei em ver na TV ontem, pois sabia que a história se repetiria novamente e estou de saco cheio destas atitudes.

Fiz questão de colocar esta matéria da Placar de 1971 para os jovens saberem que ATLEtiba no Couto Pereira nunca foi desta maneira como estamos assistindo ultimamente.

Estou cansado de tudo isto, de ver diretores dizerem que não é bom ganhar o campeonato paranaense, pois pode diminuir a simpatia do clube no interior do estado e de um presidente que acho que o clube é seu e que pode ficar prometendo mundos e fundos sem ser cobrado por irresponsabilidades cometidas. Também fico triste por não identificar nenhum atleticano que possa acabar com esta oligarquia. Agora estão querendo até que seja proibido torcer ou colaborar com a identificação biométrica, tenho uma cadeira para ajuda o clube, pois não posso ir aos jogos e repasso para uma pessoa querida da minha família, e se isto for efetivamente confirmado será menos um sócio dos 22.000.

Não vou mais escrever neste espaço, obrigado a todos do Furacão.com que publicaram meus textos ao longo destes anos, tenho um carinho imenso por todas as amizades que fiz virtualmente, e aos atleticanos que tive algum tipo de discussão eu peço sinceras desculpas. Vou ter que me afastar um tempo das redes sociais, pois tenho algumas pendências para resolver que consumirão boa parte do meu tempo e do meu bom humor e não gritar é campeão, torcer para o time não cair ou ficar no meio da tabela e assistir a vexames como este domingo não me farão bem. Um grande abraço a todos.



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