‘Sonho de uma noite de verão’
Quem diria…Ontem estávamos todos nós assistindo os treinos, e os jogadores, sempre solícitos, distribuíram autógrafos até o último torcedor sair.
O time tá uma máquina.
Esta dos jogadores não aceitarem propostas dos ‘ditos’ Clubes grandes do nosso futebol, nos dava a certeza de que pelo terceiro ano consecutivo teríamos casa cheia na Arena e não deu outra, 42.000 atleticanos ensandecidos viram mais uma exibição de gala…3×0, contra o pobre Flamengo.
No primeiro gol, de bicicleta, como se não bastasse veio a comemoração em homenagem à Sicupira, todos colocaram um bigode postiço e pulavam dando soco no ar…a massa foi a loucura.
Com o rubro negro carioca sentindo o golpe, um minuto depois, aquela cabeçada fulminante e nosso centroavante saiu e escalou a arquibancada para abraçar o Presidente e a Diretoria…lembrou Oséias subindo dez metros de alambrado por puro amor ao Furacão e seus torcedores.
Expulso, pouco importava, o time da raça está de volta e, em um contra golpe o rápido lateral esquerdo toca na saída do goleiro e corre para cima do ponta direita do Flamengo fazendo o sinal de chororó, confusão formada, mais um expulso, não dava mais tempo.
ATLÉTICO CAMPEÃO DA LIBERTADORES DA AMÉRICA.
Invasão de campo.
Ao final nosso Presidente dedica o título aos atleticanos de todos os tempos e é carregado nos braços da torcida.
Em entrevista coletiva à imprensa o jogador do Atlético conta o que falou para o ponteiro direito do Flamengo após o terceiro gol:
‘Toma, eu era criança e esperava teu abraço após o gol contra o Fluminense em 2014 e você além de nós abandonar, vai ao Esporte Espetacular e diz que na final da Copa do Brasil sonhou em jogar para a torcida da Gávea…TOMA, chora…
E foi pra festa com 1.000 litros de chopp no setor de alimentação, até me lembrei que voltamos a ser o Atlético da raça, do respeito aos ídolos, da torcida fanática e de dirigentes do povo.
Narrativa maluca?
Não!
‘Sonho de uma noite de verão’.
PS: O nome do texto foi copiado da peça teatral de 1590 de autoria de Willian Shakespeare Onde o escritor se refere como o lado escuro do amor. Ele escreve que as fadas fazem a luz do amor confundir os amantes.