16 mar 2015 - 17h53

Conheça a trajetória de Enderson Moreira

Enderson Alves Moreira, novo técnico do Atlético, já dirigiu três equipes profissionais (Goiás, Grêmio e Santos), mas trabalha no futebol há quase duas décadas. Com formação acadêmica e currículo vitorioso nas categorias de base, ele se projetou nacionalmente a partir de 2011, tendo feito um excelente trabalho no Goiás.

De lá para cá, seu nome passou a constar da relação de treinadores mais promissores da nova geração, em um perfil bem semelhante ao de Claudinei Oliveira, demitido no último final de semana.

Na base, o currículo de Enderson impressiona. Ele conquistou a Copa São Paulo de Juniores e o Campeonato Brasileiro Sub-20, ambos em 2007, títulos inéditos na história do Cruzeiro. No mesmo ano, foi vice-campeão da Taça BH, perdendo o título nos pênaltis. Durante dois anos, o Cruzeiro de Enderson Moreira não perdeu nenhuma partida em competições de nível nacional. Além disso, foi o responsável pela revelação de jogadores como Guilherme, Jonathas, Wellington e Rafael.

Fora das quatro linhas, tem atuação acadêmica com a produção de artigos sobre futsal e futebol e como professor convidado de cursos sobre preparação esportiva.

Carreira

Enderson nasceu em 28 de setembro de 1971. Ele chegou a ser jogador de futebol, mas parou de atuar ainda na categoria júnior. Depois de se graduar em Educação Física pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ele iniciou sua carreira como professor do Colégio Magnum, em Belo Horizonte, conquistando resultados expressivos no futsal e chegando até a função de professor-coordenador. Em 1995, iniciou sua trajetória no futebol de campo como preparador físico do América. O técnico da equipe era Ricardo Drubscky, mais tarde coordenador do departamento de formação do Atlético e responsável por sua primeira vinda ao Atlético, em 2009. O Coelho foi campeão da Copa São Paulo de Juniores, a competição mais importante da categoria no país, em 1996

Depois, Enderson Moreira foi técnico dos times juniores do Sete de Setembro e do Santa Tereza. Em 2000, voltou ao América, desta vez para comandar a equipe juvenil. Com o bom trabalho, recebeu um convite para dirigir o time juvenil do Atlético Mineiro, em 2004. Dois anos depois, tornou-se técnico do time júnior do Cruzeiro, onde obteve vários títulos – além dos já citados, conquistou ainda o bicampeonato do Torneio de Amsterdam e a Copa Den Haag, na Holanda. Só deixou a Raposa em função de uma reformulação no departamento amador do clube.

Em 2008, ele foi chamado por Ricardo Drubscky para ser seu auxiliar técnico no time profissional do Ipatinga. Com a má campanha da equipe no Brasileirão, Drubscky acabou substituído por Márcio Bittencourt, que resistiu só 10 rodadas e foi demitido. Para o seu lugar, o time mineiro apostou em Enderson, que retornou, desta vez como treinador. Não evitou o rebaixamento para a Série B, mas foi mantido no cargo. Porém, após os maus resultados no Campeonato Mineiro foi demitido em fevereiro. Logo em seguida, voltou ao América, novamente para dirigir o time júnior. A última conquista foi em junho de 2009: a Copa Integração Cidade de Belo Horizonte (uma espécie de Copa Tribuna dos mineiros), vencendo o Cruzeiro na decisão e com uma campanha de 14 vitórias, dois empates e duas derrotas.

Passagem pelo Atlético e início no profissional

Logo depois, foi contratado pelo Atlético por indicação de Drubscky. Chegou ao clube para substituir Marquinhos Santos, que havia ido para o Coritiba. Permaneceu apenas seis meses e chamou a atenção do Internacional. Convidado para assumir o Inter B, uma espécie de expressinho do Colorado, deixou o Atlético em dezembro e iniciou uma trajetória mais próxima do futebol profissional.

Trocou o Inter para ser auxiliar técnico do Fluminense, onde trabalhou com Abel Braga. Chegou a dirigir a equipe de modo interino, preparando terreno para iniciar sua carreira solo. A oportunidade surgiu em setembro de 2011. Aos 40 anos, finalmente assumiu seu primeiro time profissional, o Goiás.

Fez um excelente trabalho no Esmeraldino, o que garantiu sua fama no país e os contratos seguintes. Foram mais de 150 jogos e mais de dois anos, com as conquistas do Campeonato Goiano e do Brasileiro da Série B. Depois, foi para o Grêmio e trabalhou os seis últimos meses no Santos. Deixou o Peixe há poucos dias.

Reconhecimento

Antes de chegar ao profissional, Enderson Moreira atingiu o status de um dos principais treinadores de categorias de base do Brasil. De acordo com o site Olheiros, especialista na cobertura do futebol de base, seu trabalho no Cruzeiro foi um dos mais destacados nos últimos anos. "O sucesso também foi o pontapé inicial do trabalho razoavelmente curto, porém vitorioso, de Enderson Moreira na base celeste. Em pouco menos de dois anos, sob o comando do técnico os juniores do Cruzeiro estiveram invictos nacionalmente e levaram cinco títulos de expressão, com a Copinha ao lado do Brasileiro Sub-20. Foi o bicampeonato do técnico, que já havia vencido a competição como preparador físico em 1996, com o América Mineiro, derrotando o próprio Cruzeiro na final", relatou o site em recente reportagem.



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…

Opinião

O tempo é o senhor da razão

A famosa frase dita e repetida inúmeras vezes pelo mandatário mor do Athletico, como que numa profecia, se torna realidade. Nada como o tempo para…