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22 abr 2015 - 15h13

Rubro-Negro é quem tem raça e não teme a própria morte!

É extremamente triste ver a situação onde o Atlético chegou, nos meus 45 anos de vida e 38 anos como torcedor, não lembro de ter vivido um momento tão ruim para o futebol atleticano, mesmo nos anos setenta quando o nosso maior rival ganhava quase todos os títulos paranaenses ainda assim o nosso time tinha alguns jogadores que se destacavam, como Barcímio Sicupira, maior artilheiro da história do Atlético.

Nos anos 80 o Atlético renasceu, me lembro da campanha, ‘ os cardeais, nasce um novo Atlético ‘ uma alusão a ave da Fauna paranaense que tem as cores, vermelho, preto e branco, nesta década surgiu o famoso ‘casal 20 ‘ Washington e Assis, ganhamos o bi estadual em 82/83 e fizemos uma excelente campanha no brasileiro de 83 só perdendo para o super time do Flamengo de Zico e Cia, mesmo assim perdemos a semifinal no maracanã por 3×0 e vencemos no Couto Pereira, inclusive com o recorde de público do estádio do rival, recorde esse até hoje não quebrado com 67.000 pagante e mas de 70.000 o público total, por 2×0 ficando a um gol da final.

Mas ao chegarmos nos anos 90, e com o surgimento em 89 do Paraná Clube que dominaria o futebol paranaense nesta década o Atlético passou por uma fase muito difícil, me lembro muito bem de ser sócio nos tempos de Pinheirão, muitos que se diziam atleticanos deixaram o time na mão, foi um período de dificuldades, até que em 1994 o Atlético resolveu voltar para Baixada nossa verdadeira casa, e quero deixar aqui uma coisa sobre minha casa, ao olharmos para dentro de nós e refletirmos, não importa quão bom seja o lugar aonde você esteja, pois a sua casa é sempre o melhor lugar, não importa como seja, a minha casa sempre é o melhor lugar, me lembro de jogos memoráveis no antigo Joaquim Américo, por exemplo a vitória de 3×0 no Londrina na final de 1985, ver o time de 1982/83 também foi fantástico, a volta em 1994 foi um momento único, as vitórias com o time de Novak e Piekarski, Ozeias e Paulo Rink, o quarteto fantástico, quem lembra, Adriano, Kelly, Lucas e Kleber, culminando com o furacão Alex Mineiro no título brasileiro de 2001.

As lágrimas vem ao rosto, foram tantas emoções, mas quero lembrar aqui uma coisa, eu não sei se o Presidente Mario Celso Petraglia vai ler esse texto, se alguém conhecer ele fale para ele ler, pois me lembro do dia de páscoa do ano de 1995 quando levamos um sacode do nosso rival, mas algumas coisas aconteceram naquele dia, primeiro, lembro do Comentarista Fernando Gomes comentando com o também comentarista Valmir Gomes sobre a torcida do Atlético, o jogo estava 5×0 e no estádio Couto Pereira ecoava o hino do Atlético, ‘ Rubro negro é quem tem raça, e não teme a própria morte ‘, segundo, o gol de honra do Atlético quem marcou foi o meia Alex, em uma jogada que ele praticamente beijou o chão para fazer o gol, que por sinal foi escolhido como o Gol do Fantástico, e a terceira foi o fato do hoje Presidente Mario Celso Petraglia, descer das arquibancadas e decidir com a ajuda de Enio Fornéa e Ademir Adur, assumir e mudar a história do Atlético.

Como detalhe quero lembrar,a revolução naquele momento só funcionou porque o Atlético se uniu, e somente voltaremos a ser fortes se nos unirmos, caso contrário, a frase que inicia esse texto pode acontecer,mesmo sem temer, podemos acabar vendo a morte chegar.

Para reflexão, quando ninguém se entende pode haver vitória?



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