André Wuicik

Há um mês e meio no comando do Atlético, Milton Mendes é um dos principais responsáveis pela recuperação da equipe no ano. Depois de assumir a equipe e conseguir evitar um desastroso rebaixamento no Campeonato Paranaense, o treinador mudou o jeito de jogar da equipe que, agora, lidera o Campeonato Brasileiro com cinco vitórias em seis jogos disputados. Nesse cenário, a versatilidade surge como uma das principais virtudes do Rubro-Negro.

Desde sua estreia, na partida contra o Prudentópolis, em 25 de abril, pelo Paranaense, até a vitória de sábado (6) sobre o Vasco, pelo Campeonato Brasileiro, o treinador ainda não repetiu nenhuma vez a escalação. Segundo Mendes, o time deve ser escalado de acordo com o desempenho dos atletas: "Aqui partimos do princípio que é meritocracia. Os jogadores que forem bem vão jogar." Com essa filosofia, explica, Até mesmo jogadores mais ausentes podem ter uma chance: "Vou colocar em campo o que vejo de melhor. Quem estiver melhor será o melhor para o treinador e para o Atlético."

Sob o comando de Milton Mendes o Furacão tem apresentado variações táticas conforme o adversário. Na estreia pelo Brasileirão, contra o Internacional, a equipe se apresentou no 4-2-3-1. Já diante do Goiás, fora de casa, o Rubro-Negro chegou a jogar com três homens de marcação no meio de campo. Contra o Figueirense, Mendes surpreendeu com a escalação do centroavante Cléo no ataque, junto com Walter. E na última vitória, sobre o Vasco, o time voltou a jogar no 4-2-3-1 e entrou em campo com Weverton; Eduardo, Gustavo, Kadu e Natanael; Otávio, Hernani, Nikão, Giovanni, Douglas Coutinho e Walter.

Um dos segredos do treinador, repetido ao final de cada partida, é pensar a temporada jogo por jogo: "Nós temos uma meta que é jogo a jogo. Colocamos as nossas energias no próximo jogo, que é o mais importante. Para nós, cada jogo é uma final."