Ataque de raça
Aloísio, Caetano e Dagoberto: machucados. Lima e Denis Marques: suspensos. Cléo, Jorge Henrique e Anderson Aquino: indisponíveis para o jogo. Dos onze atacantes do elenco atleticano, nada menos do que oito não podem jogar contra o Cruzeiro às 16h deste sábado na Kyocera Arena, com transmissão ao vivo pelo canal Premiere Esportes, da Net/Sky. Restaram apenas Finazzi, Jonatas e Schumacher. O primeiro está confirmado pelo técnico Antonio Lopes no comando do ataque rubro-negro. Os outros dois foram chamados às pressas para compor o elenco (o primeiro estava treinando com o time B, enquanto que o segundo deixou o time de juniores às vésperas da semifinal da Taça BH).
Para superar o desfalque maciço no sistema ofensivo, a receita atleticana é apostar basicamente em três fatores. O primeiro, e fundamental, é a raça de todos os jogadores que entrarem em campo. Contra o Cruzeiro, Jancarlos e Marcão têm de se transformar em ótimas opções ofensivas, Evandro e Fabrício precisam ser ainda mais agudos do que nos últimos jogos, Cocito e Alan Bahia têm de apoiar com eficiência e Paulo André e Danilo devem estar espertos nas bolas paradas e contra-ataques rápidos. Somente com a dedicação ininterrupta de todos os jogadores é que o Furacão poderá encerrar o jogo com a sensação de que os titulares do ataque não fizeram tanta falta.
Para garantir o foco na vitória e a disposição já demonstrada em jogos anteriores (especialmente na Libertadores), entra em campo outro fator: o efeito Baixada. Com o apoio irrestrito da massa rubro-negra e a mística de jogar na Arena, o Furacão pode mais uma vez superar um difícil obstáculo. O time luta pela sétima vitória consecutiva jogando em seus domínios.
Por fim, caberá ainda uma boa dose de disposição tática, sabiamente planejada pelo técnico Antonio Lopes durante a semana. No clássico Atletiba, em que o Atlético também sofreu com a falta de atacantes, o Delegado armou uma arapuca para o adversário: jogou sem atacantes de ofício, com Evandro e Fernandinho se revezando nas posições ofensivas. Para este sábado, Lopes preferiu esconder o planejamento tático. Porém, a receita pode ser repetida, com algumas mudanças. Finazzi jogará fixo na área, isto é fato. Ao seu lado, o técnico pode optar pelo colombiano David Ferreira, meia de origem. Neste caso, Ferreira, Evandro e Fabrício preencheriam a meia-cancha e se revezariam no ataque.
Outra opção é iniciar o jogo com Jonatas, um atacante cujo estilo de habilidade e velocidade "casaria" bem com o de Finazzi. A terceira alternativa é mandar a campo desde logo Finazzi e Schumacher, dois centroavantes clássicos, no estilo do sistema tático que vem sendo adotado na Seleção Brasileira. Por fim, há ainda a chance de Cleverson começar jogando, a hipótese mais remota.
Do outro lado, o Cruzeiro também sentirá a falta de seu principal goleador, o atacante Fred. Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, ele será substituído por Adriano Louzada. Os destaques do time serão, inegavelmente, os ex-atleticanos Adriano e Kelly, ídolos da nação rubro-negra e que tanto brilharam no solo sagrado da Arena da Baixada. Neste sábado, a expectativa da torcida é que a estrela deles seja ofuscada pela mística da camisa atleticana – assim como ocorreu com Geninho e Rogério Corrêa, do Goiás, na última rodada.
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