25 set 2005 - 20h32

Análise de Figueirense 2 x 0 Atlético, por Rogério Andrade

Segunda divisão. Longe ou perto demais?
por Rogério Andrade

Fui premiado. Domingo chuvoso, baixo astral danado, máfia da arbitragem brasileira ameaçando o futebol, especulações sobre a saída de Antonio Lopes, porrada entre a organizada e a polícia militar em Florianópolis, revolta e protesto da torcida Os Fanáticos, e o pior de tudo, para destruir de vez o domingo, o Atlético “amarela” e perde mais uma vez fora de casa.

Tudo bem, tudo bem, sei que muitos torcedores ainda estão confortáveis com a idéia de que o pesadelo da série B está longe. Afinal, está longe ou perto? Na minha opinião, perto, muito perto se toda essa instabilidade continuar a tirar nosso sono.

Vou ocupar este espaço para escrever sobre essa preocupação que tenho e sobre essa postura medíocre que o time vem adotando fora de casa, e só aí neste último comentário, acabei resumindo a análise do jogo. Medíocre. Hoje não foi um ou outro, mas o conjunto do Atlético provou que a coisa está feia, e algo muito sério e nebuloso toma conta da Baixada.

Pois bem, vamos aos fatos. Na semana passada, havia chão, muita água iria rolar. De fato, está rolando e continuamos a fantasiar as coisas. Vencemos o fraco Botafogo em casa, em um jogo que, confesso, chegou a dar sono. Tecnicamente horrível, mais uma vez. Não gostei do que vi, e mais uma vez alertei sobre a ilusão que não nos pode tomar conta.

Com este andar da carruagem, se tudo correr muito bem, na melhor das hipóteses vamos escapar da segundona, mas é preciso levar algumas coisas em consideração. Temos mais sete jogos em casa, onde o Furacão normalmente é imbatível, algo perigoso de se afirmar no futebol. Entre estes jogos, normalmente teríamos apenas um jogo, na minha opinião, mais complicado: o rival Paraná que costuma aprontar na Arena. Mas a partir do próximo jogo em casa as coisas serão um pouco mais complicadas. A obrigação, mais do que nunca, de vencer, a pressão e o clima ruim que volta a se instalar por aqui. Jogos teoricamente fáceis, tranqüilos? Não torcedor, a partir de hoje não espere nada disso.

Dos jogos fora de casa, olhando com frieza a tabela, fica difícil encontrar alguma esperança de vitória. Um ou outro pontinho, para um time que está se mostrando de razoável a fraco. Não teremos jogo fácil, a começar pelo Fortaleza. Na seqüência os verdes, depois o Fluminense, Vasco, Goiás, Cruzeiro e, por último, São Paulo. Complicado, quando paramos para lembrar o futebol que o Atlético jogou em Florianópolis na tarde de hoje. No mínimo preocupante. Precisamos de mais, muito mais!

A realidade não é essa que está aí, pois estamos contando com uma incrível combinação de resultados, as quais temo não durarem até a reta final do campeonato brasileiro.

Curto e grosso. Ou o Atlético pensa grande como clube que é, e os jogadores resolvem jogar com o coração, ou vamos disputar em 2006 a segunda divisão.

Rogério Andrade é colunista e colaborador da Furacao.com.

O texto acima não representa necessariamente a opinião dos integrantes da Furacao.com e seu autor se responsabiliza integralmente pelo conteúdo.



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